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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Executivos reafirmam importância do Brasil

Executivos de multinacionais com forte presença no Brasil demonstram desconforto com a perspectiva de baixo crescimento do PIB, além da ausência de reformas e de melhor infraestrutura, mas reafirmam a importância do país.

Harish Manwani, COO (diretor de operações) da Unilever, segundo maior cargo global na companhia, disse que a empresa, há 80 anos no país, já viu muitos ciclos, alguns com ótimos períodos e outros nem tanto.

"O Brasil tem grande potencial e queremos estar prontos para a demanda", afirmou o executivo.

"A companhia investe de 3% a 4% das receitas por ano e continuaremos a fazê-lo", disse. "Esperamos, porém, que [o Brasil] enfrente melhor questões de logística e reforma tributária. O país tem um complexo regime tributário."

A Unilever estabeleceu um escritório na principal rua de Davos, que permanecerá no local apenas durante o Fórum Econômico Mundial. Nas paredes, produtos das conhecidas marcas que também produz no Brasil.

O país é o segundo maior mercado para a companhia, atrás apenas dos EUA. A Índia, no entanto, está perto de disputar a segunda posição.

O presidente-executivo da Nestlé, Paul Bulcke, lamentou que o "Brasil não fez as reformas estruturais que deveria ter feito".

"Se não tem crescimento, os investimentos diminuem", disse à coluna. Ele reafirmou, porém, a confiança no país, "que é um grande mercado".

EM DAVOS

Sem encontros O ministro Guido Mantega, da Fazenda, não tinha até ontem nenhum encontro agendado com empresários e banqueiros no Fórum Econômico Mundial.

Agenda... A presidente Dilma Rousseff deverá se reunir hoje em Davos com representantes de ao menos duas grandes companhias.

...nos Alpes O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, por sua vez, participou de reuniões com empresas como a Nestlé.

ATAQUE PELA COMIDA

A Pluri Consultoria, que atua principalmente no mercado esportivo, fechou parceria com o Grêmio para lançar uma rede de lanchonetes do time.

A empresa negocia também com outras três grandes equipes do país e com o argentino Boca Juniors.

O planejamento estratégico, no entanto, já foi realizado para os 12 maiores clubes do Brasil.

O projeto de abrir restaurantes ligados a times de futebol está em desenvolvimento há um ano e meio.

"Existe um descasamento entre o que o futebol e os clubes representam como marca e o faturamento dos times", diz Fernando Ferreira, sócio da consultoria.

"Os clubes só licenciam seus nomes para venda de camiseta, caneta, chaveiro e adesivo. Esse mercado é pequeno. É preciso estar em setores de consumo intensivo, como o de alimentação fora de casa", acrescenta.

As duas primeiras lojas do Grêmio serão instaladas em Porto Alegre. "Depois de seis meses com essas operações próprias, analisaremos a abertura das franquias."

Estudos feitos pela empresa apontam que o Rio Grande do Sul poderá ter até 90 unidades gremistas.

DIVIDIR O BOLO

Os mais ricos e as empresas deveriam ser sobretaxados para financiar programas de redução da pobreza.

Essa é a opinião de 54% dos 1.504 americanos ouvidos para uma pesquisa do Pew Research Center.

A proposta tem grande aceitação entre os democratas (75%) e os independentes (51%). Entre os republicanos, porém, a parcela é de 29%.

Por outro lado, para estimular o crescimento econômico, 35% dos entrevistados defendem a diminuição dos impostos para o mesmo grupo.

Nesse cenário, as posições se invertem. A maioria dos republicanos é a favor (59%), contra apenas 17% no campo dos democratas.

Em um ponto, no entanto, há consenso entre as correntes. Democratas (68%), independentes (67%) e republicanos (61%) afirmaram que, nos últimos dez anos, aumentou o vão entre os ricos e o restante da sociedade.

O levantamento aponta ainda que 69% defendem que o governo faça "muito" ou "algo" para reduzir as diferenças no país.

Despesas com saúde chegam a 10,2% do PIB, diz entidade

O setor de saúde fechou 2013 com uma participação de 10,2% no PIB nacional, de acordo com estimativa feita pela CNS (Confederação Nacional de Saúde).

Em 2012, a parcela havia sido de 9,5% do PIB do país.

O cálculo leva em consideração toda a cadeia do segmento, incluindo a indústria médico-hospitalar e as operadoras de planos.

O crescimento foi puxado sobretudo pelo setor privado, responsável por 57% do total movimentado em 2013. A área pública contribuiu com os 43% restantes.

"A evolução tecnológica do setor, com o surgimento de tratamentos diferenciados, tem feito com que haja mais investimentos", afirma José Carlos de Souza Abrahão, presidente da CNS. "O crescimento da saúde suplementar também ajudou."

O ano passado terminou com 3,1 milhões de postos de trabalho abertos na área, dos quais 61% no serviço público e 39% nas empresas, segundo a confederação.

Desde 2010, o número de empregos criados pelo segmento cresceu 19,2%, ainda de acordo com o órgão.

Troca... O diplomata Felipe Hees está de saída do Departamento de Defesa Comercial, do Ministério do Desenvolvimento. Ele deixará o cargo de diretor-geral até março.

...de comando Ele será substituído por Marcos Cesar Fonseca, um dos funcionários mais antigos do órgão. Hees volta para o Itamaraty e vai para Genebra.

Cargo... O ex-ministro de Indústria Miguel Jorge, membro do conselho de administração do Grupo Libra, assumiu a presidência do comitê de relações institucionais da empresa.

...acumulado Uma das maiores companhias de terminais marítimos do país, a Libra planeja investir R$ 2 bilhões em portos, aeroportos e logística nos próximos cinco anos.

NEGÓCIOS NA COPA

Mesmo em ano de Copa do Mundo, o Rio de Janeiro deverá receber mais eventos corporativos que em 2013, segundo projeção do Rio Convention & Visitors Bureau.

Estão programados até o momento 93 congressos técnicos ou científicos para 2014. Em janeiro de 2013, 76 convenções estavam confirmadas para o ano.

"Esse incremento se deve à exposição do Rio de Janeiro no cenário global, além de uma melhor estrutura da cidade para receber os jogos, que também vai atrair o turismo de negócios", afirma Alfredo Lopes, presidente-executivo da entidade.

Considerando somente as confirmações até o momento, a receita esperada para 2014 está perto de ultrapassar a de 2013.

Os 161 eventos realizados no ano passado geraram US$ 284,2 milhões (R$ 682,8 milhões). Neste ano, os 93 congressos e feiras confirmados somarão US$ 235,6 milhões (R$ 566 milhões).

A entidade estima que os eventos deste ano terão, individualmente, mais participantes que os de 2013."Devemos ultrapassar em público, receita e número de eventos."

O calendário não inclui convenções realizadas por patrocinadoras do Mundial.


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