Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Com preço baixo, China lidera compra de ouro

O menor interesse de investidores em ouro abriu espaço para um novo protagonista nesse mercado: a China.

No ano passado, os chineses se tornaram os principais consumidores de ouro no mundo, ultrapassando a Índia pela primeira vez, segundo relatório da Thomson Reuters GFMS divulgado ontem.

A demanda aumentou tanto para a fabricação de joias como para investimento, por meio da compra de pequenas barras. O estímulo, no entanto, é um só: a queda de 28% no preço do metal em 2013.

Com a melhora nas condições macroeconômicas nos países desenvolvidos, a expectativa do fim dos estímulos à economia dos EUA e as menores preocupações com a inflação, o ouro perdeu o brilho para investidores europeus e norte-americanos.

Os ETFs (fundos de índice atrelados ao ouro) venderam 880 toneladas no ano passado. A demanda chinesa alcançou 1.189 toneladas, alta de 32% em relação a 2012.

Só na fabricação de joias, foram usadas 724 toneladas, crescimento de 31%. O varejo também sentiu os efeitos do frenesi chinês com o ouro: cerca de 200 lojas foram abertas só nos meses de julho e agosto de 2013 na província de Shenzen, que responde por quase 70% do setor na China, segundo a GFMS.

O apetite da Índia, tradicional comprador do metal para o uso em joalherias, foi limitado por novas tarifas de importação impostas no ano passado. Mesmo assim, o consumo cresceu 5% no país, para 987 toneladas.

Juntas, Índia e China representaram mais de metade da produção mundial de joias.

O cenário de desinvestimento em ouro nos países desenvolvidos e aumento da demanda física na Ásia revelou a maior transferência da commodity, em valor, da história, nas palavras da consultoria.

O baixo interesse de investidores profissionais em ouro deve continuar em 2014. A demanda física, por sua vez, deve se manter firme, mas não deve crescer no mesmo ritmo de 2013.

Para analistas, a alta da commodity em janeiro é pontual e não muda a tendência de baixa para o ano.

A estimativa da GFMS para o preço médio é de US$ 1.255 a onça-troy (31 gramas), 13% abaixo do valor de 2013. E há quem aposte, como o Credit Suisse, que o ouro pode cair abaixo de US$ 1.000.

Recorde A produção de leite atingiu volume recorde no ano passado. Em dezembro, o índice de captação de leite do Cepea subiu 11% ante o mesmo período de 2012.

Incentivo Segundo Daniel Bedoya, pesquisador do Cepea, os altos preços pagos ao produtor incentivaram mais investimentos no campo, resultando em aumento na produtividade.

Estoques Mas, após a alta na produção, o ano terminou com estoques cheios e queda de preço. O valor bruto pago por litro caiu 5% em dezembro, para R$ 1,04.

Demanda O consumo ainda não mostrou sinais de enfraquecimento, apesar do menor do poder de compra do brasileiro, causado pela inflação de alimentos e pelo maior endividamento.

Influência Mas, como a demanda por lácteos é altamente influenciada pela renda, o crescimento do consumo pode perder ritmo, segundo o pesquisador.

Contraponto Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, não acredita em desaceleração. Ele estima um aumento de 5% no consumo de leite e derivados neste ano.

Potencial O consumo per capita no Brasil é de 180 litros por ano, enquanto o recomendado é cerca de 200 litros anuais por pessoa -patamar já atingido em países como Argentina e Uruguai.

DE OLHO NO PREÇO COTAÇÕES

Nova York

Açúcar

(cent. de US$)* 15,04

Algodão

(cent. de US$)* 87,33

*por libra-peso

Londres

Petróleo

(US$ por barril) 107,58

Cobre

(US$ por tonelada) 7.285


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página