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Argentina volta atrás e mantém imposto para turista no exterior

Ministro da Economia diz que, ao contrário do que havia anunciado, tarifa não será reduzida hoje

Redução de imposto ocorrerá apenas para compra de dólares como investimento; regras serão anunciadas hoje

DE SÃO PAULO

O governo argentino voltou atrás novamente em relação à taxação sobre compra de dólares para viagens de turismo e gastos com cartão de crédito no exterior.

Segundo o ministro da Economia, Axel Kicillof, será mantida, por enquanto, a cobrança de 35% de imposto sobre essas operações. Ele não mencionou prazo para ocorrer a redução.

Na sexta-feira, o governo tinha anunciado que a alíquota cairia para 20% a partir de hoje.

A redução de tarifa ocorrerá apenas para compras de dólares como investimento, segundo afirmou Kicillof em entrevista ao jornal argentino "Página 12".

"O turismo interno neste ano melhorou muito e quem quis ir ao exterior viajou.

São pessoas de alto poder aquisitivo, que puderam gastar dólares sem limites no exterior por meio de seu cartão de crédito", disse Kicillof.

O recuo do governo é mais um ingrediente nas incertezas que rondam as últimas decisões econômicas.

Na sexta-feira, a equipe econômica autorizou, após um ano e meio de restrição, que as pessoas possam comprar dólar como forma de investimento. As regras para essa compra (quantia que pode ser adquirida, por exemplo), no entanto, só devem ser conhecidas hoje.

Kicillof disse que a autorização para compra de dólares como investimento ocorrerá segundo o nível salarial e buscará privilegiar os trabalhadores com menor renda.

"A medida vai impedir que os dólares sejam levados por aqueles que mais têm."

Com essas medidas, o governo busca conter a sangria nas reservas, que caíram 32% em 12 meses.

DESVALORIZAÇÃO

A decisão do governo de reavaliar algumas medidas de controle cambiário anunciadas na última semana ocorreu após forte desvalorização da moeda do país.

Na última quinta-feira, o peso sofreu sua maior depreciação desde 2002, quando o país enfrentava severa crise financeira e política.

Desde 2011, o governo vinha impondo restrições à compra de moeda estrangeira, mas, a partir de dezembro do ano passado, as medidas foram endurecendo.

Na última sexta-feira, o dólar oficial fechou a 8 pesos, depois que o banco central interveio vendendo US$ 160 milhões de reservas.

Para Kicillof, o governo Cristina Kirchner considera que o atual patamar do dólar é adequado, mas ressaltou que há pressão para levar a moeda americana a valer 13 pesos --cotação no mercado paralelo na quinta-feira.

"[Isso] teria um efeito devastador sobre a produção, o emprego e os salários. Não vamos permitir isso."


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