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Credores da OSX, de Eike, disputam plataformas

Bancos temem ficar sem garantias fortes

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Os credores estão em pé de guerra pelas plataformas de petróleo da OSX, de Eike Batista. A empresa naval pediu recuperação judicial e os equipamentos são os únicos ativos valiosos.

A disputa envolve quatro credores: Votorantim e Santander, que avalizaram um empréstimo de mais de R$ 1 bilhão para a OSX, e os fornecedores Acciona e Techint.

Segundo apurou a Folha, o grupo já está se reunindo para tentar chegar a um acordo. A ansiedade é para definir os lugares na fila de pagamento, quando as plataformas forem vendidas.

Pela lei, os primeiros a receber são os financiadores das plataformas (bancos e detentores de títulos de dívida, chamados de bondholders). Depois, os construtores, como a Techint. Votorantim, Santander e Acciona não têm preferência, porque financiaram ou prestaram serviço para outro projeto da OSX, o estaleiro que não ficou pronto.

A corrida foi desencadeada pela Acciona, que reclama R$ 300 milhões e conseguiu que a Justiça holandesa arrestasse as ações da OSX Leasing, dona das plataformas sediada naquele país.

A movimentação incomodou os bancos, que haviam concordado em renovar o aval do empréstimo por um ano, desde que recebessem o dinheiro da venda das plataformas em garantia.

Os advogados dos bancos entendem que o juiz na Holanda concedeu o arresto sem ter essa informação e estudam se vão entrar na Justiça.

O problema é que o acordo que favorece os bancos foi assinado com a OSX, mas ainda não foi registrado, por questões burocráticas.

É uma incógnita se a Justiça holandesa considerará válidas as garantias dos bancos ou se dará preferência à Acciona, que agiu primeiro.

A OSX considera que há como pagar a todos, porque as plataformas valem mais que as dívidas. A empresa apresenta seu plano de recuperação até meados de março. Votorantim, Santander e Acciona não deram entrevista.


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