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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Bacia de Campos atrai investimentos imobiliários de cerca de R$ 385 mi
A construtora capixaba Lorenge entrará no mercado do Rio de Janeiro neste ano com dois empreendimentos --em Macaé e em Campos dos Goytacazes-- que demandarão cerca de R$ 385 milhões.
A empresa atua hoje em sete cidades do Espírito Santo. "O Estado é pequeno. Até temos como continuar crescendo nele, mas em um ritmo menor do que desejamos", diz o presidente da companhia, José Élcio Lorenzon.
"Decidimos trabalhar outro mercado justamente porque precisamos expandir o negócio, e o Rio tem uma cultura mais próxima da nossa."
A Bacia de Campos e os negócios petrolíferos da região também atraíram a empresa.
A construtora passará a destinar a maior parte de seus projetos para as classes A e B. Nos últimos anos, ela focou no segmento econômico.
"As classes altas são menos influenciadas pelos movimentos econômicos", diz.
"Quando você assina um contrato com um consumidor de renda mais baixa, é comum que, depois de 30 meses, ele não consiga concluir o financiamento." Em 2013, 15% dos clientes da empresa desistiram de negócios que já haviam sido fechados.
O projeto que será lançado em Campos será um condomínio residencial de alto padrão, no qual serão investidos cerca de R$ 70 milhões.
Em Macaé, serão R$ 315 milhões em um empreendimento com dois hotéis, dois prédios comerciais, quatro torres residenciais e um shopping com 60 lojas.
Nível de emprego na construção sobe 1% em 2013
O nível de emprego na construção civil brasileira encerrou 2013 com alta de 1% na comparação com o ano anterior, de acordo com pesquisa do SindusCon-SP (sindicato da indústria da construção) feita em parceria com a FGV.
Em 2012, a expansão havia ficado em 5,9%. "Esse número vem em desaceleração desde 2011. No ano passado, o estoque de mão de obra acabou ficando praticamente estável, com essa leve alta", afirma o presidente da entidade, Sergio Watanabe.
O setor empregava 3,426 milhões de trabalhadores no fim de dezembro. Durante o mês, foram fechadas quase 90 mil vagas.
A região Centro-Oeste foi a que registrou a maior queda no nível de emprego entre novembro e dezembro, com retração de 4,83%. Em seguida, ficou a região Norte, com -3,55%.
Para 2014, a associação prevê que a indústria acompanhe o ritmo de crescimento do PIB. A mão de obra, no entanto, deve se expandir menos e repetir o valor de 2013, segundo Watanabe.
ACOLCHOADO EM SHOPPING
O grupo Fom, da rede de lojas de almofadas que leva o mesmo nome, vai lançar uma segunda marca para atingir o público C.
Com um tíquete médio estimado em R$ 85, enquanto o da Fom é de R$ 140, a Floc se expandirá a princípio em shopping centers.
"Fizemos uma pesquisa que mostrou um universo de ao menos cem shoppings com esse perfil socioeconômico a serem explorados no Brasil", afirma Sidney Rabinovitch, fundador do grupo.
Os shoppings Metrô Tatuapé e Metrô Itaquera foram escolhidos para receber as duas primeiras unidades próprias da marca.
A partir do segundo semestre deste ano, a Floc terá os formatos franquia e de vendas pela internet.
A rede de preços mais acessíveis estuda entrar também em aeroportos, como ocorre com a Fom.
59
é o número de lojas da Fom
20
são as lojas novas previstas para este ano
R$ 400 mil
é o custo aproximado para a abertura de uma loja da rede
MOTOR A GÁS
O volume de GNV (gás natural veicular) comercializado cresceu 7,7% em dezembro em relação ao mês anterior, segundo a Comgás, distribuidora que atua no Estado de São Paulo.
No último mês de 2013, a empresa forneceu 21,7 milhões de metros cúbicos em sua área de concessão, que inclui as regiões de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba.
O número de conversões de automóveis para uso do combustível avançou 9,8% no mesmo período, ainda de acordo com a companhia.
A Comgás encerrou o ano passado com uma rede de 302 postos credenciados que comercializam o produto.
A empresa fornece gás natural para cerca de 1,3 milhão de clientes no Estado, a maioria do segmento residencial. O mercado industrial, no entanto, é o que consome o maior volume: acima de 70%.
salto germânico
A expectativa do consumidor alemão com a economia do país avançou 12 pontos em janeiro e atingiu o melhor patamar desde julho de 2011, segundo a consultoria GfK.
O índice foi de 23,3 pontos em dezembro para 35,3 neste mês. A escala vai de -100 a 100 --quanto mais alto o valor, maior é a confiança.
A elevação do otimismo é um reflexo das perspectivas de um maior consumo interno e de mais investimentos privados neste ano, segundo o relatório da empresa.
Há ainda previsão de melhora na exportação, pois a esperada recuperação da economia mundial deverá estimular as vendas de produtos alemães e de serviços.
A confiança dos consumidores em relação às finanças pessoais também cresceu e chegou aos 46,2 pontos, o maior número desde janeiro de 2001. Foram ouvidas 2.000 pessoas para o estudo.
