Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Desemprego cai para menor nível em 2013; alta da renda desacelera

Inflação e juros mais altos contribuíram para o menor crescimento do rendimento desde 2005

Maior mercado de trabalho do país, SP freou a queda da taxa de desocupação; pesquisa vai mudar

PEDRO SOARES DO RIO

Apesar do fraco crescimento da economia em 2013, a taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país caiu para 5,4% na média no ano, a menor da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, iniciada em 2002.

Em 2012, a taxa foi de 5,5%.

Em dezembro, o desemprego ficou em 4,3%, menor patamar do indicador mensal.

A renda, no entanto, não cresce mais com o vigor de antes. O rendimento médio em 2013 ficou em R$ 1.929,03, alta de apenas 1,8% sobre 2012, a menor desde 2005. No ano anterior, o avanço sobre 2011 alcançara 4,1%. De novembro para dezembro, houve queda de 0,7% na remuneração dos trabalhadores.

A desaceleração resulta da freada do crédito para o consumo, do menor reajuste do salário mínimo, da confiança reduzida de empresários, além de inflação (que corrói a renda) e juros mais altos.

Segundo Adriana Araújo, técnica do IBGE, a inflação mais elevada teve "impacto" na evolução do rendimento em 2013. Para a LCA, porém, a "perda de fôlego" da inflação acumulada em 12 meses a partir de julho "contribuiu para estancar o movimento de perda real" dos salários.

Diante disso, a criação de novas vagas perdeu força e avançou somente 0,7% em 2013, chegando a um contingente de 23,3 milhões de ocupados nas seis regiões.

Trata-se do menor crescimento desde 2009, ano mais agudo da crise global, quando o ritmo de expansão igualou o do ano anterior. Os números do IBGE indicam que a pequena redução da taxa de desemprego se deu pela menor procura de trabalho, pois não foram criadas vagas em quantidade expressiva.

"O arrefecimento do mercado de trabalho já vinha ocorrendo e se intensificou no final do ano. É um movimento natural numa economia que cresce pouco há três anos", diz Gabriel Ulyssea, economista do Ipea.

SÃO PAULO FREIA

Principal mercado de trabalho do país, São Paulo teve taxa de desemprego média em 5,9% em 2013, praticamente estável em relação aos 6% de 2012. Mas, por concentrar 42% de todos os ocupados nas seis regiões pesquisadas pelo IBGE, São Paulo puxou para cima a taxa média do desemprego.

O emprego cresceu pouco na maior metrópole do país --0,8% em 2013, ante 1,7% em 2012. Tal fenômeno impediu uma redução mais firme do desemprego, segundo o IBGE.

NOVA PESQUISA

O ano de 2014 será o último da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. Paralelamente, ocorre a coleta dos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). Contínua, cuja abrangência chega a 3.500 cidades. As pesquisas não são comparáveis devido à mudança metodológica e de abrangência.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página