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Bradesco diminui expansão do crédito

Empréstimos cresceram 11% em 2013, abaixo da previsão; lucro aumentou 5,9% sobre 2012, para R$ 12 bilhões

Santander tem lucro de R$ 5,7 bi, 9,7% menos que em 2012, e atribui queda a economia mais fria e 'spreads' menores

MARIANA CARNEIRO DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Bradesco e Santander abriram ontem a divulgação de resultados do setor bancário com uma expansão mais moderada dos empréstimos.

Com previsão inicial de ampliar a carteira de crédito entre 13% e 17%, o Bradesco obteve um crescimento menor, de 10,8% no ano passado, totalizando R$ 427 bilhões.

Já o Santander aumentou sua carteira de crédito em 7,3%: R$ 227 bilhões.

A moderação já era esperada e está de acordo com o captado pelo Banco Central, que registrou alta de 14% no volume de empréstimos em 2013 (a menor desde 2007). A expansão no setor privado foi ainda mais comedida: 6%.

Mas os números do Bradesco sugerem que o banco se prepara para atuar de maneira mais forte nos empréstimos em 2014. A estimativa do banco é ampliar a carteira entre 10% e 14% neste ano.

Segundo Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, o banco fez um colchão de reservas neste ano, além do necessário, e pode "queimar essa gordura neste ano".

Os bancos reduziram a inadimplência acima de 90 dias. No Bradesco, ela recuou de 4,1% para 3,5%. No Santander, de 5,5% para 3,7%.

Apesar disso, o Bradesco ampliou suas provisões para "eventuais situações de estresse" em 1,8% no ano.

"Depois do ajuste em suas carteiras, os bancos parecem querer voltar a crescer em linhas mais rentáveis, como o crédito a pequenas empresas", diz João Augusto Salles, da consultoria Lopes Filho.

Após enfrentar, em 2012, um aumento do calote, os bancos passaram a ser mais seletivos em 2013 e optaram pelo crédito considerado mais seguro, como o consignado e o imobiliário (com níveis menores de inadimplência).

No Bradesco, a carteira própria de consignado aumentou 47%, e a de imobiliários, 35%. O lucro subiu 5,9%, para R$ 12,2 bilhões.

No Santander, o lucro recuou 9,7%, para R$ 5,7 bilhões. "Tivemos um crescimento mais moderado, em linha com a desaceleração econômica e com spreads' menores", disse Jesús Zabalza, presidente do Santander.


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