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Governos criam escritórios para atrair capital

DE WASHINGTON

Vinte prefeituras e governos estaduais norte-americanos já possuem escritórios na China. que, independentemente de consulados e da embaixada americana, visam promover exportações, turismo e principalmente atrair investimentos da China aos Estados Unidos.

Um dos pioneiros é o escritório do Estado da Carolina do Sul. Em oito anos, atraiu US$ 700 milhões (R$ 1,66 bilhão) em investimentos diretos e que criaram mais de 3.000 empregos.

O escritório sentiu o crescimento do interesse chinês pelos Estados Unidos.

"Entre 2005 e 2009, conseguíamos atrair cinco grandes empresas por ano para visitar a Carolina do Sul em viagens de prospecção. Nos últimos anos, são 20 e bem maiores que as pioneiras", disse John Ling, diretor do escritório de Promoção da Carolina do Sul em Xangai desde sua criação, em 2005.

Para 2014, ele acredita concretizar quatro novos investimentos acima de US$ 100 milhões (R$ 238 milhões) cada.

O mais recente investimento aconteceu no último dia 13 de dezembro, quando a empresa têxtil chinesa Keer anunciou uma nova fábrica no Estado, sua primeira unidade fora da China.

Vai criar 500 empregos no condado de Lancaster, com investimento de US$ 218 milhões (R$ 519 milhões).

Ling é chinês, estudou seu MBA na Universidade Charleston Southern e trabalhou com importação e exportação no Estado até colaborar com a instalação da fábrica da gigante dos eletrodomésticos Haier na Carolina do Sul, a primeira grande fábrica chinesa nos EUA, em 1999.

Pouco depois, o governador local o convidou para trabalhar.

"Políticos viajam para a China, voltam empolgados, mas o dia a dia coloca vários outros problemas na frente. Ter um escritório na China gera focos, contatos, visitas constantes até virarem investimentos", conta.

O governo local tem oferecido incentivos aos chineses, contratado intérpretes para as primeiras visitas e até para oficinas de treinamento de pessoal --que é oferecido gratuitamente aos recém-chegados.

A eficiência do porto de Charleston e a mão de obra mais barata (em média) que no resto do país ajudam a convencer os chineses.

Para Ling, a concorrência entre fornecedores de luz e água e a eficiência americana têm atraído chineses que "antes pesquisavam mais no mundo emergente".

"Ter paciência, pensar a longo prazo e oferecer condições vantajosas nos colocou na frente."

Nem sempre, porém, o investimento é bem-vindo por todos. A compra no ano passado da Smithfield Foods pela chinesa Shuanghui, por US$ 4,7 bilhões, chegou a ser questionada por alguns congressistas.


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