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Sem chuva, governo aciona térmicas a óleo, mais caras
Conta será repassada ao consumidor; nível dos reservatórios deve baixar mais
O forte calor, que aumentou o consumo de energia, e as chuvas escassas provocaram a redução dos níveis dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas do país.
Com isso, o preço da energia vendida a curto prazo disparou. E o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) decidiu acionar as termelétricas movidas a óleo, mais caras.
No verão, o normal é a recomposição das represas, com o aumento das chuvas, o que não aconteceu neste ano. O ONS prevê um declínio das barragens das usinas.
No Sudeste/Centro-Oeste, o nível tende a baixar de 41% no fim deste mês para 38% no fim de fevereiro.
No Sul, a estimativa é redução de 59% no final de janeiro para 44% na última semana de fevereiro. No Nordeste, a tendência é de estabilidade, ao redor de 42%.
Com essa inesperada depreciação dos reservatórios, o custo da geração de energia está em alta. O teto estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já bateu em R$ 882 o megawatt-hora (medida de consumo de energia), o maior desde 2008.
O custo adicional dessa energia não será sentido imediatamente na conta do consumidor. A diferença é repassada uma vez por ano, quando a Aneel autoriza o reajuste das tarifas de cada empresa.