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Inadimplência cai, e Itaú tem lucro recorde

Com menor taxa de calote em cinco anos, banco reduz provisões e obtém ganho de R$ 15,7 bilhões no ano passado

Instituição fica mais conservadora no crédito e altera perfil para operações de menos risco; ação sobe 4,85%

MARIANA BARBOSA ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

A menor taxa de inadimplência dos últimos cinco anos levou o Itaú Unibanco a registrar, em 2013, o maior lucro da sua história: R$ 15,696 bilhões, 15,46% superior ao do ano anterior.

Apenas no último trimestre, o ganho do maior banco privado do país somou R$ 4,6 bilhões, alta de 33,05% sobre igual período de 2012, superando as expectativas dos analistas (em torno de R$ 4,1 bilhões). A ação subiu 4,85% e deu ânimo à Bolsa, que avançou 1,76%.

Para Roberto Setubal, presidente-executivo do Itaú, o banco está colhendo os frutos de ajustes realizados em sua política de risco e de crédito há três anos, quando a inadimplência estava alta.

"Foi o melhor desempenho desde a fusão com o Unibanco, em um ambiente macroeconômico não tão maravilhoso, o que valoriza ainda mais o resultado", disse Setubal.

Além de ficar mais conservador na concessão de crédito, o banco vem alterando o perfil de sua carteira para contemplar operações de menor risco, como consignado e imobiliário, que tiveram alta de 66,6% e 34,1%, respectivamente. Já o financiamento de veículos caiu 21,3%.

A expansão geral de crédito foi de 13,3% em 2013, totalizando R$ 483,397 bilhões. O crescimento ficou acima do esperado pelo Itaú (entre 8% e 11%). Excluindo veículos, o aumento da carteira de crédito ficou em 18%, na comparação anual.

Essa mudança de perfil levou a uma redução da inadimplência (acima de 90 dias) para 3,7%, menor nível desde a fusão com o Unibanco, em novembro de 2008. Na semana passada, Bradesco e Santander também apresentaram redução na taxa de inadimplência, para 3,5% e 3,7%, respectivamente.

Com menos inadimplência, o banco conseguiu reduzir em 23,3% as despesas de provisões para calotes, para R$ 18,579 bilhões (ante R$ 24,210 bilhões em 2012).

A perspectiva de baixo crescimento e de aumento na taxa de juros básica (Selic) não deve alterar as projeções do banco para 2014, de acordo com Setubal.

"Devemos manter a mesma lucratividade", disse ele.

"O impacto da Selic é muito pequeno. Quando você aumenta os juros, você também aumenta o risco. E, como o crédito fica mais caro, a carteira expande menos."


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