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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Rebanho bovino dos EUA é o menor em 63 anos

O rebanho bovino dos Estados Unidos é o menor em 63 anos. Os dados referentes ao início do mês passado indicam 87,7 milhões de animais, o número mais baixo desde janeiro de 1951.

As informações são do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que constatou ainda o menor número de nascimentos de animais desde 1941. O rebanho de bezerros estava em 33,9 milhões no início de janeiro.

O rebanho norte-americano vem caindo constantemente, mas a situação se agravou ainda mais depois da forte seca no país, há dois anos, e da elevação dos custos de produção, principalmente após o recorde de preços dos grãos.

No início de 1975, o rebanho dos Estados Unidos era de 132 milhões de cabeças. A primeira vez que recuou para um patamar inferior a 100 milhões de cabeças foi em 1998. O rebanho brasileiro fica próximo de 200 milhões de cabeças.

A redução da pecuária nos Estados Unidos --país ainda líder na produção de carne bovina-- pode abrir novas portas para o Brasil, o principal exportador mundial. Para isso, é necessário que os norte-americanos liberem o mercado deles para o produto brasileiro "in natura", o que já está em discussão.

Neste ano, a produção norte-americana de carne bovina deve ficar em 11,04 milhões de toneladas, segundo o Usda, uma queda de 5,6% em relação a 2013. O patamar também está abaixo da média dos últimos quatro anos.

A redução da oferta interna está provocando uma queda nas exportações dos Estados Unidos, que deverão recuar para 1,04 milhão de toneladas neste ano, 7% menos do que em 2013.

Apesar da retração prevista de 5% no consumo, as importações deverão crescer, principalmente da Austrália. Esse país, no entanto, vive um período de seca e de descarte de animais. Portanto, nos próximos anos, também terá um rebanho reduzido.

Em 2011, os Estados Unidos tinham 16% do mercado mundial de exportações de carne bovina. Neste ano, a participação se reduzirá para 11%, segundo o Usda.

A queda do rebanho nos Estados Unidos segue, no entanto, uma redução no consumo médio, que atualmente é 9,8% inferior ao de 2000 e 22,9% abaixo do de 1985.

Farm Bill O Senado dos EUA aprovou ontem a nova lei agrícola norte-americana. Com duração de cinco anos, a legislação prevê cortes nos subsídios aos agricultores e no auxílio-alimentação.

Mudança O projeto, que deve ser sancionado pelo presidente Barack Obama, acaba com o subsídio anual de US$ 5 bilhões às lavouras e tem no seguro agrícola subsidiado a principal ferramenta de auxílio aos produtores.

Impacto O fim do programa de subsídios aos cotonicultores pode facilitar a conclusão da disputa entre Brasil e EUA no caso do algodão. Brasileiros temem, porém, que as distorções nos preços, provocadas pela subvenção, se mantenham.

AÇÚCAR
+2,03%
Ontem, em Nova York

TRIGO
+3,68%
Ontem, em Chicago

Calor tem leve impacto nos preços na Ceagesp

O calor e a seca de janeiro ainda não afetaram de forma significativa o bolso do consumidor. Mas prepare-se: alguns alimentos podem ter alta acentuada em fevereiro.

Segundo Flávio Godas, economista da Ceagesp, as verduras subiram 1,58% em janeiro no entreposto, e os legumes, 0,29%. As frutas chegaram a ter queda de 2,95%.

Apesar do aumento nas folhas, os preços ainda estão em um patamar 30% inferior ao de igual período de 2013.

Godas afirma que o clima ainda não causou fortes danos ao volume produzido e, em geral, a qualidade dos alimentos está preservada.

Segundo ele, a tendência é de alta acentuada em meados de fevereiro, principalmente se chover em excesso --situação que atrapalha muito a colheita de verduras e legumes.


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