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Foco

Itália quer 234 bi de euros de agências de risco por ignorarem história cultural do país

DO "FINANCIAL TIMES"

Se os analistas passassem mais tempo admirando um afresco de Michelangelo ou lendo Dante, em vez de estudar planilhas, poderiam não ter deflagrado o inferno em que mergulhou o mercado de títulos de dívida da Itália.

A Standard & Poor's foi notificada pela Corte dei Conti (equivalente ao Tribunal de Contas no Brasil) de que ela e outras agências de classificação de risco podem ter agido ilegalmente e se exposto a indenizações de até € 234 bilhões, em parte por desconsiderar a rica histórica cultural italiana ao rebaixar sua nota.

A reivindicação, classificada pela S&P como "frívola e desprovida de mérito", relaciona-se à sequência de rebaixamentos de classificação que a agência impôs aos títulos de dívida da Itália quando a crise da zona do euro se intensificou, em 2011.

Na notificação, a Corte dei Conti escreveu que "a S&P, em suas classificações, jamais mencionou a história, a arte ou a paisagem italianas, que, como todos reconhecem, são a base da força econômica do país".

Um funcionário do governo italiano confirmou o inquérito judicial contra a S&P, a Moody's e a Fitch e disse que mais detalhes seriam oferecidos pelo promotor que representará a Corte no dia 19.

Embora ainda não esteja claro se a queixa será apresentada, a dramática ameaça do tribunal italiano --e a dimensão da indenização sugerida-- reflete a ira dos círculos políticos europeus quanto ao papel que as agências de classificação de risco desempenharam no tumulto de mercado que ameaçou a sobrevivência da zona do euro.


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