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Acordo com UE faz Google escapar de multa

Punição poderia chegar a US$ 6 bilhões e envolve domínio da empresa americana no mercado de buscas on-line

Rivais terão de pagar para aparecer em links no serviço de procura e dizem que acerto é 'pior do que nada'

DO "FINANCIAL TIMES"

O Google fechou um acordo com a União Europeia que encerra uma disputa de três anos sobre se a empresa abusou do seu domínio no mercado de buscas on-line.

Pelas negociações, o Google terá de oferecer mais espaço e visibilidade aos links compulsórios de serviços alternativos, como as busca de compras ou restaurantes.

Por exemplo: no modelo atual, quando um usuário faz uma busca de um determinado produto, o Google oferece links com opções de preços baseados em seu serviço de comparação de cotações.

Pela proposta fechada com os europeus, além dos preços do seu serviço, ele terá que mostrar os de concorrentes.

Os rivais, porém, terão de entrar em um leilão para pagar pelos links --algo que condenam por oferecer à companhia nova fonte de renda.

Para eles, o acordo fechado (que ainda depende de uma aprovação final) é "pior do que nada".

O Google acredita que os leilões sejam a melhor maneira de selecionar provedores alternativos de buscas.

Tanto a empresa americana quanto Joaquín Almunia, o comissário de Competição da União Europeia, consideram o acordo como o capítulo final nas prolongadas negociações, que chegaram perto de fracassar diversas vezes.

Com o acerto, o Google se livra de uma investigação formal dos reguladores europeus e de uma possível multa que poderia chegar a 10% do sua receita global, que foi de US$ 60 bilhões em 2013.

No ano passado, a americana Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) considerou o Google inocente de acusações semelhantes, depois de investigar seu serviço de buscas.

PRESSÃO

Essa foi a primeira vez que o Google cedeu à pressão das autoridades antitruste em relação as suas operações de busca on-line.

Para conseguir um acordo, a companhia chegou a enviar engenheiros para Bruxelas (sede da Comissão Europeia, braço executivo do bloco) para explicar o funcionamento das suas operações.

BRASIL

O Cade abriu três processos administrativos em outubro para investigar a atuação do Google no Brasil após denúncias da Microsoft, controladora do site Bing, e da E-Commerce Media Group, dona de Buscapé e Bondfaro.

O órgão pretende apurar se o Google age para dificultar a entrada e o desenvolvimento de concorrentes no mercado de buscas on-line, aumentando seu já elevado poderio neste segmento.


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