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Peso da aposentadoria inibe aumento de emprego no NE

Pesquisa mostra que empresas não estão prontas para profissional

(PS) DO RIO

Região de menor renda do país, o Nordeste é também onde menos cresceu o emprego entre as pessoas com mais de 60 anos --2,9%, abaixo dos 6,8% da média do país. Os dois fatores, dizem especialistas, estão vinculados.

É que as aposentadorias na região subiram a reboque do aumento do salário mínimo superior à inflação. Ou seja, houve ganho de renda dos idosos e, com isso, menos interesse nas ofertas de trabalho que surgiram --muitas com baixa remuneração.

Para Aurélio Bicalho, do Itaú, o mercado de trabalho no Nordeste é "menos atrativo" aos maiores de 60 anos, já que a renda das aposentadorias aumentou e boa parte delas é corrigida pelo salário mínimo.

Para Cimar Azeredo Pereira, do IBGE, o mercado de trabalho nordestino é "menos desenvolvido" e oferece vagas em menos setores, ao contrário do Sul e do Sudeste, onde "as oportunidades são maiores".

As duas regiões sofrem mais com a carência de profissionais qualificados e registram os melhores rendimentos. Foi também onde mais expandiram o emprego entre os mais velhos --9,5% e 8%, respectivamente.

EMPRESAS

As empresas brasileiras não têm práticas que permitam aproveitar o potencial desses profissionais nem para lhes proporcionar melhor ambiente, segundo pesquisa da FGV (Fundação Getulio Vargas) com 138 companhias.

No levantamento, 37% dos entrevistados consideram o profissional mais velho como alternativa ao "apagão de talentos". Por outro lado, 70% o veem como mais "caro".

"Falta ao empregador ver que esse funcionário agrega mais valor à empresa, pois falta menos, é mais comprometido e em geral mais bem preparado", diz a professora Maria José Tonelli, do departamento de Administração Geral e RH da FGV, que conduziu a pesquisa.

E alerta: "As empresas precisam cuidar dos profissionais que têm hoje, porque não haverá mais a renovação constante de mão de obra a que estão acostumadas".


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