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País está entre os mais vulneráveis, diz Fed

BC americano coloca Brasil só à frente da Turquia entre mercados emergentes mais frágeis economicamente

Porém, para mercados financeiros, o que mais pesou foi indicação de que corte dos estímulos dos EUA será gradual

DE SÃO PAULO

O Fed (banco central dos Estados Unidos) indicou o Brasil como a segunda economia emergente mais vulnerável a choques externos em uma lista de 15 nações.

O país só esta melhor que a Turquia e é seguido por Índia, Indonésia e África do Sul --grupo que foi apelidado de "os cincos frágeis" pelo banco americano Morgan Stanley.

Para chegar a esse cálculo, o banco central americano leva em conta fatores como inflação nos três anos anteriores, fatia das reservas externas em relação ao PIB, participação da dívida pública bruta na comparação com o PIB e variação em cinco anos do crédito ao setor privado (novamente como fatia do PIB).

Para o Fed, reduzir essas vulnerabilidades é importante caso os países emergentes queiram se tornar mais resistentes a choques externos.

O órgão afirma ainda que o grau de vulnerabilidade desses mercados é significativamente menor que em crises anteriores, como a dos anos 1990. Esse cenário vale mesmo para os países que ele hoje considera entre os mais vulneráveis, caso do Brasil.

Porém, diz que vários desses mercados continuam a ter vulnerabilidades econômicas e financeiras significativas.

"Até economias que estão de algum modo em posições mais fortes têm o desafio de apoiar a confiança do consumidor em um ambiente nervoso", diz o Fed em documento enviado ontem ao Congresso norte-americano.

Os mercados emergentes vêm sofrendo desde maio do ano passado, quando Ben Bernanke, então presidente do Fed, indicou que o banco começaria a cortar os estímulos de US$ 85 bilhões para a economia americana iniciados no fim de 2012.

O corte só começou em dezembro, mas, nesse período, as moedas de vários países emergentes, entre elas o real, sofreram forte desvalorização em relação ao dólar, com os investidores deixando esses mercados, sob a expectativa do fim da "era do dinheiro barato" promovida pelos EUA.

A nova presidente do Fed, Janet Yellen, reconheceu, ontem, em seu primeiro depoimento ao Congresso americano (tarefa semestral do dirigente do BC dos Estados Unidos), a instabilidade nos mercados globais, mas enfatizou que, por ora, "não representa risco substancial ao cenário econômico dos EUA".

Mais importante para os mercados financeiros, porém, foi a indicação de que, salvo piora brusca na economia local, o Fed vai continuar o corte gradual nos estímulos --hoje estão em US$ 65 bilhões.

As declarações de Yellen, que assumiu o cargo na semana passada, agradaram ao investidores, que, nesse cenário, enxergaram mais previsibilidade nas ações do Fed.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,2%. O Ibovespa se valorizou em 1,58%.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve leve alta de 0,18%, para R$ 2,404, após quatro dias em baixa na semana passada. E o dólar comercial caiu 0,16%, para R$ 2,402.

"A impressão atual é que [a volatilidade nos mercados globais] não representa risco substancial aos EUA"

Janet Yellen

Presidente do Fed


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