Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Projeções de crescimento voltam a cair

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

Economistas apostam em crescimento fraco, próximo a 2% em 2014, desde o fim de agosto passado. Mas, depois de um conjunto de dados ruins divulgado recentemente, têm reduzido ainda mais suas projeções tanto para este ano como para 2015.

Segundo o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central ontem, analistas agora esperam crescimento de 1,79% em 2014, ante 1,9% há uma semana.

A projeção para 2015 caiu de 2,2% para 2,1%.

Dificilmente o mercado acerta, com tanta antecedência, o resultado dos indicadores econômicos. Por isso, fazem ajustes constantes em suas projeções conforme os dados vão sendo divulgados.

A economista Monica de Bolle, sócia da Galanto Consultoria, diz que é muito difícil tentar mensurar o impacto de possíveis acontecimentos como a piora na confiança de empresários e consumidores.

Por enquanto, decidiu manter sua projeção de expansão entre 2% e 2,5% em 2014, e entre 1,5% e 2% no próximo ano.

O que está claro, segundo ela, é que tem aumentado o pessimismo.

"Existe claramente um problema de confiança e o governo não tem feito nada para mudar esse quadro", afirma.

Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, a leva de indicadores ruins referentes a dezembro do ano passado reforçou a percepção de fraqueza da economia em um contexto de fundamentos já negativos.

"Os juros reais estão subindo, a confiança de empresário e consumidores continua muito baixa, a massa salarial está crescendo a um ritmo menor", afirma Bicalho.

A combinação de todos esses fatores levou o banco a reduzir a projeção da expansão do PIB de 1,9% para 1,4% em 2014. Para 2015, a expectativa caiu de 2,2% para 2%.

Segundo Bicalho, dados de janeiro indicam recuperação da atividade devido à base fraca de comparação, mas essa melhora deve ser compensada por nova piora em fevereiro.

A dificuldade de fazer projeção é ainda maior em relação a 2015, principalmente por causa da eleição. Mas a percepção de que será necessário um ajuste fiscal tem elevado as apostas em outro ano de crescimento muito fraco.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página