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Em meio a denúncia, controladoria pede contrato à Petrobras

CGU quer acesso a documentos de acordo da estatal com empresa holandesa acusada de pagar suborno

Companhia que oferece plataformas afretadas é alvo de investigação no exterior sob suspeita de pagamento de propina

DIMMI AMORA GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA SAMANTHA LIMA DO RIO

A CGU (Controladoria-Geral da União), órgão do governo federal de combate à corrupção, pediu à Petrobras, na semana passada, acesso a todos os contratos que mantém com a empresa holandesa SBM Offshore.

A companhia estrangeira é investigada nos EUA, na Holanda e no Reino Unido por suposto pagamento de suborno para obter contratos em sete países em que mantém negócios. Os detalhes do caso foram revelados por um ex-funcionário da SBM, que incluiu a Petrobras entre os alvos de pagamento da propina.

De posse dos documentos, a CGU vai avaliar se há necessidade de abrir procedimento interno ou se acompanhará as providências da auditoria interna da companhia.

Hoje, deputados da oposição entregarão à presidência da Câmara pedido para formar comissão com objetivo de ir à Holanda acompanhar as investigações.

Ontem empresas apontadas como intermediárias no pagamento de propinas entre SBM e Petrobras negaram envolvimento.

A Faercom e a Oildrive, do empresário Julio Faerman, informaram que foram representantes da SBM no Brasil por mais de 30 anos e manifestaram "absoluta perplexidade e veemente repúdio às referências difamatórias e caluniosas nos últimos dias".

As investigações acontecem há dois anos. Na semana passada, um ex-funcionário da SBM que diz ter acompanhado as investigações internas sobre o caso publicou o que sabia na Wikipedia.

No documento, o ex-funcionário, identificado pela revista "Veja" como Jonathan Taylor, relata ter tido acesso a depoimentos de executivos e mensagens eletrônicas que trataram de pagamentos de propina a representantes da Petrobras no valor de US$ 139 milhões, entre 2006 e 2011, e de reuniões para tratar "de prorrogação de contrato sem licitação" na Petrobras.

Diz, ainda, que a propina no Brasil era de 3% dos contratos, dos quais 1% para Faerman e 2% para funcionários da Petrobras.

Taylor afirma ter ocorrido, durante as investigações internas da SBM, um esforço para acobertar o caso no Brasil e que, tendo discordado, foi pressionado a se demitir.

Em 2013, a SBM fechou contrato de 20 anos, no valor de R$ 3,5 bilhões, para afretar duas plataformas.

Na semana passada, a Petrobras afirmou desconhecer o caso, mas que abriria investigação interna.


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