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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Milho terá o menor estoque interno em 7 anos

As exportações de milho perdem força em fevereiro. Com base nos dados de ontem, as vendas externas deverão ficar um pouco acima de 1 milhão de toneladas, um volume bem inferior ao dos meses anteriores.

A queda nesse período do ano é normal, quando a prioridade de exportação passa a ser da soja, segundo Anderson Galvão, da consultoria Céleres, de Uberlândia.

O ritmo mais acelerado das exportações de milho volta a partir de maio e ganha corpo no segundo semestre.

Apesar dessa retração inicial, o Brasil voltará a ter exportações recordes do cereal, na avaliação de Galvão. Ele acredita que sairão pelo menos 28 milhões de toneladas de milho neste ano pela fronteiras brasileiras.

Se confirmado, esse volume supera o recorde de 26,6 milhões do ano passado.

Demanda interna crescente, exportações maiores e queda na produção farão com que o Brasil termine o ano com os menores estoques dos últimos sete anos.

Os estoques finais, que se estimava fossem necessários para 103 dias no início da safra 2013/14, agora devem ser suficientes apenas para 37 dias, o menor número de dias desde os 32 da safra 2006/7.

Esse cenário é bom para o produtor, que não terá uma queda de preços como se previa no ano passado. Até o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), diante da solidez do mercado externo de milho, elevou as projeções de preço interno para os produtores norte-americanos.

O dado mais recente da Céleres indica que a produção de milho recuará para 79,5 milhões de toneladas, 5% menos do que em 2013.

Já a oferta total do produto, considerando importações e estoques iniciais, será de 96,4 milhões de toneladas no mercado interno, segundo a consultoria.

O bom ritmo de exportações tem segurado os preços do milho nos patamares de US$ 4,5 por bushel na Bolsa de futuros de Chicago. Esse valor supera os praticados há uma semana e há um mês.

Os preços se sustentam também no mercado interno. Dados da consultoria Clarivi indicam que a saca do cereal é comercializada no mercado disponível a R$ 23,5 em Cascavel e Maringá, no Paraná. Há um mês estava em R$ 21, segundo a consultoria.

ESCOAMENTO Caminhões no porto de Santos; exportações de soja atingem 78 mil toneladas por dia útil neste mês, alta de 47% sobre fevereiro de 2013

Receitas O Valor Bruto da Produção deverá atingir R$ 444,5 bilhões neste ano, 4% mais do que em 2013, aponta José Gasquez, do Ministério da Agricultura.

O destaque Apenas a soja será responsável por R$ 113 bilhões desse valor, 26% mais do que no ano passado.

Clima Após o forte calor registrado durante a cultura da soja, as perdas com a oleaginosa virão com certeza neste ano, segundo Orson Mureb Jacob, do sindicato de produtores de Assis (SP).

Política Ele diz que está na hora de uma política séria de produção e de renda. Sugere que um percentual mínimo de toda a movimentação da cadeia agrícola (indústrias e produtores) seja destinado a um fundo.

Garantia Com base no valor do fundo, seriam estipuladas garantias de seguro e de renda para os produtores, levando em consideração área e região onde atuam. O fundo seria administrado por representantes de agricultores, indústria e governo.

Nos trilhos A ALL investe em áreas estratégicas para o transporte agrícola. A empresa investiu R$ 80 milhões nos últimos três anos em novas máquinas a serem utilizadas em trechos de densidade de tráfego, como Paraná, São Paulo e Mato Grosso.

Safra Com o aumento da safra agrícola, a ALL espera elevar a participação no setor. O gasto faz parte do plano de investimentos médios de R$ 700 milhões por ano.

DE OLHO NO PREÇO

Mercado interno

Café

(R$ por saca)335,50

Soja

(R$ por saca)62,24

Londres

Alumínio

(US$ por tonelada)1.700,5

Chumbo

(US$ por tonelada)2.131,5


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