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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Agricultor envelhece nos Estados Unidos e concentração aumenta

Os Estados Unidos acabam de divulgar os dados do mais recente censo agropecuário. A população do campo envelhece, a concentração aumenta, a área destinada à agricultura e para a pecuária cai e parte dos produtores caucasianos sai do comando das fazendas --com aumento dos produtores latino-americanos, asiáticos e negros.

Um dado importante é que subiu o número de fazendeiros profissionais no campo, com a consequente saída de outros cuja atividade econômica principal estava fora da agropecuária.

O censo, referente a 2012, indica que o número de propriedades recuou para 2,11 milhões, 4,3% abaixo do de 2007, data do censo anterior.

A área total destinada à atividade agropecuária caiu para 370 milhões de hectares, 0,8% menos do que em 2007. Mas, com a concentração das propriedades, aumentou a área média.

Os dados do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam que houve redução de 95,4 mil propriedades no período. Destas, 93% tinham até 200 hectares. Com essa incorporação de áreas menores às maiores, o tamanho médio das fazendas dos EUA subiu para 176 hectares, 4% mais do que em 2007.

Na nova divisão, as propriedades com até 20 hectares representam 38,5% do total; as com mais de 20 e até 200 hectares, 46,5%; e as com mais de 200 hectares subiram para 15%.

Os bons preços vividos pelo setor nos últimos anos fizeram bem para os agricultores dos EUA, que tiveram um aumento de 33% no valor dos produtos comercializados.

Os produtores que se dedicaram à produção de grãos tiveram aumento de 48% nos seus produtos comercializados. Já os do setor de carnes tiveram alta de apenas 19%.

A maior vantagem ficou para as grandes propriedades, cujas receitas cresceram 43%. As menores tiveram perdas de 8% no período.

O censo norte-americano mostrou que a participação das mulheres no comando das fazendas diminuiu, mas quem ficou --tanto homens como mulheres-- está mais bem preparado e aumentou o período de dedicação às atividades do campo.

Os norte-americanos têm um sério problema referente à mão de obra para resolver.

A população jovem sai do campo, assim como os profissionais de meia-idade. Houve uma queda na faixa de trabalhadores de até 54 anos, enquanto aumentou o da faixa etária superior a essa.

Os profissionais que dirigem as fazendas com idade de 65 a 74 anos aumentaram 8% de 2007 a 2012. Nesse mesmo período, os com mais de 75 anos aumentaram em 6%, representando, agora, 11,2% do total do setor.

A idade média no campo aumentou para 58,3 anos, segundo o Usda, e 84% dos trabalhadores em posição de comando no setor têm mais de 45 anos.

Embora ainda sejam poucos em relação ao total, os profissionais latino-americanos que estão à frente das fazendas nos EUA tiveram alta de 21% no período comparado; os asiáticos, 22%; e os afro-americanos e os índios, 9% cada grupo. Já os brancos tiveram redução de 5%.


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