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Marrocos mira o Brasil para atrair investimentos

País africano aposta na localização, na mão de obra barata e na isenção de tributos

TATIANA RESENDE ENVIADA ESPECIAL A MARROCOS

Marrocos quer ficar conhecido além de Marrakech. Para isso, elegeu algumas áreas-chave nas quais pretende se tornar referência na África para ser visto como uma plataforma de acesso aos demais países do continente e também para a Europa.

"Estamos fazendo o dever de casa", afirma Ahmed Fassi Fihri, diretor-geral da agência governamental Invest in Morocco, citando os esforços para elevar a competitividade em setores como automobilístico, aeronáutico, eletrônico, têxtil e no agronegócio.

A estabilidade política, alcançada após a reforma constitucional, em 2011, para conter os protestos da população, também é destacada.

A crise europeia exige que o país saia da zona de conforto para buscar novos mercados e diminuir a dependência do continente vizinho, principalmente das exportações para França e Espanha.

As empresas brasileiras estão na mira, por isso o governo vai promover um evento na capital paulista neste semestre para mostrar os atrativos econômicos.

Atualmente, o comércio entre os dois países está focado na importação de adubos e fertilizantes do Marrocos e na venda de açúcar brasileiro. A soma de importação e exportação entre os dois países somou US$ 2,1 bilhões em 2013.

Desde dezembro, há voos da Royal Air Maroc ligando São Paulo a Casablanca. A ligação direta entre os países foi interrompida em 1992.

A alta taxa de desemprego, em 8,9%, preocupa as autoridades locais, que destacam a mão de obra barata --e as iniciativas para melhorar sua qualificação-- entre os atrativos do país, além da isenção de impostos nos primeiros cinco anos para as fábricas instaladas em uma das zonas francas locais.

Uma delas está no porto de Tânger, que fica a 14 km da Espanha. De olho nessa proximidade com a Europa, a francesa Renault instalou uma fábrica no local em 2012.

O porto de Casablanca ainda é o de maior movimentação, mas a expectativa é que Tanger Med, em operação desde 2007, tome a liderança ainda nesta década.

O objetivo de todos os esforços é resumido por Hamid Benbrahim El-Andaloussi, presidente do Grupo das Indústrias Marroquinas Aeronáuticas e Espaciais: "Queremos ser para a Europa o que o México é para os EUA".


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