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Rombo nas transações com o exterior é o maior desde 1947

Deficit foi de US$ 11,6 bi em janeiro, impulsionado por balança comercial e remessa de lucros

Investimento estrangeiro direto somou US$ 5,1 bi, alta de 37,6% sobre janeiro do ano passado

DE BRASÍLIA

O Brasil começou o ano com mais um rombo recorde nas suas transações com o exterior. O deficit de janeiro, de US$ 11,6 bilhões, foi o maior da série histórica do Banco Central, iniciada em 1947, e mais que o dobro dos investimentos no setor produtivo recebidos pelo país no mês.

A conta das chamadas transações correntes inclui os resultados das exportações e importações, das contratações de serviços, remessas de lucros pelas empresas e outras operações que envolvem entrada e saída de capitais.

No mês passado, o deficit foi impulsionado pelo saldo negativo de US$ 4,06 bilhões na balança comercial, o maior da história para o mês.

As remessas de lucros e dividendos feitas pelas empresas também contribuíram. Em janeiro, somaram US$ 2,499 bilhões, um salto de 21% em relação ao ocorrido em janeiro de 2013.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, argumentou que os primeiros meses do ano são tradicionalmente desfavoráveis à balança e que, em 2014, o país tem sido afetado, ainda, por medidas comerciais restritivas adotadas pela Argentina.

Sobre o nível elevado das remessas, Maciel afirmou que reflete o crescimento da economia e do investimento estrangeiro produtivo no país.

Por outro lado, a conta de serviços, que aponta as receitas e despesas do país com esse setor, recuou 8% no mês na comparação anual.

Economistas destacaram que o recuo já reflete a depreciação do real diante do dólar e antecipa um movimento esperado para as transações como um todo em 2014.

INVESTIMENTO

No mês passado, o investimento estrangeiro direto somou US$ 5,1 bilhões, volume 37,6% superior ao registrado em janeiro de 2013.

Por ser considerado um fluxo de recursos menos volátil, esse investimento --destinado principalmente à participação no capital de empresas-- é considerado a melhor forma de financiar o deficit em transações correntes.

Apesar da alta, esse ingresso ficou bem abaixo do saldo das transações correntes. O buraco foi coberto com outros investimentos feitos por estrangeiros, como renda fixa, e com empréstimos.


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