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País quer acelerar acordo com europeus

Dilma participa de evento na UE em que deve sinalizar disposição de fechar parceria comercial entre o bloco e o Mercosul

Presidente não tem aval para falar pelo Mercosul, mas reunião é chance de deixar aberto canal de diálogo

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS

Sob cobrança de setores da indústria e do agronegócio por um acordo com os europeus, a presidente Dilma Rousseff deve sinalizar hoje em Bruxelas que o país está disposto a acelerar um acordo de livre-comércio do Mercosul com a União Europeia.

Além disso, a presidente vai dizer que seu governo quer estreitar as relações com o bloco independentemente dos colegas regionais.

Dilma chegou ontem à Bélgica para a Cúpula Brasil-União Europeia.

Ela chega com a missão também de acalmar os ânimos dos países da UE, que recentemente entraram na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra políticas de incentivo do governo brasileiro à indústria local.

Ontem, em jantar com cerca de 30 empresários brasileiros num hotel em Bruxelas, a presidente ouviu apelos para que o Brasil acelere as negociações de livre-comércio com os europeus.

Eles dizem que a demora do Mercosul em chegar um consenso de proposta única atrapalha os planos dos setores brasileiros.

"Ela disse que estamos muito próximos de acordo no Mercosul", disse Robson Andrade, da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

"A presidente não escondeu que existem dificuldades, mas mostrou que há um empenho do Brasil", disse o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel.

ACORDO

Há uma expectativa de que os países do Mercosul cheguem a um consenso em março para apresentar uma proposta única de acordo comercial com a UE.

A troca de ofertas entre Mercosul e UE deveria ter ocorrido até o fim de 2013, mas tem sido protelada.

Um dos principais entraves é a Argentina, que, em meio à sua crise econômica, resiste em pontos da negociação. Os europeus, por sua vez, também já colocaram obstáculos a um acordo.

Dilma não tem aval para falar hoje em Bruxelas em nome do Mercosul. Por outro lado, sabe que é uma oportunidade de deixar um caminho aberto de diálogo com a UE caso as conversas conjuntas com o Mercosul emperre.

Já se fala nos bastidores do governo da possibilidade de o Brasil apresentar uma espécie de plano B, uma proposta única, com redução de tarifas de importação diferentes dos demais colegas regionais, deixando claro que a posição brasileira é por um acordo o quanto antes com a Europa.


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