Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Com chuva forte, custo do frete é recorde em MT

Apesar de a safra de soja de Mato Grosso ter sido iniciada com ameaça de pragas e de doenças --como helicorverpa, mosca branca e ferrugem asiática--, esperavam-se números recordes de produtividade e de produção no início da colheita.

As chuvas intensas dos últimos dias trouxeram, no entanto, mais um componente de instabilidade ao setor. Além de provocar uma desaceleração no ritmo da colheita no campo e de impedir o transporte, a chuva provocou uma elevação recorde no valor dos fretes.

O transporte de uma tonelada de soja de Sorriso (MT) a Santos (SP) subiu para R$ 330, superando o recorde de R$ 320 da safra passada.

Com a alta, o custo do transporte equivale a 37% do valor da soja no mercado disponível de Mato Grosso, segundo o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).

"A situação é crítica, mas ainda pode ser revertida", diz Carlos Fávaro, presidente da Aprosoja (associação que congrega os produtores em Mato Grosso).

Uma interrupção das chuvas, o que já começa a ocorrer, permitirá um aumento de ritmo de produção e de saída da soja das lavouras para os portos, acredita Fávaro.

Os meses de janeiro a março sempre são períodos de chuva na região, mas a situação deste ano repete o excesso de 2004.

Parte das estradas não aguentou esse excesso de chuva, que colocou vários municípios em estado de alerta e impediu a saída da safra pelo Norte. "Ao menos 500 caminhões estão à beira da BR- 163 esperando por uma melhora do tempo", diz Fávaro.

Para o presidente da Aprosoja, a situação volta ao normal com dois ou três dias de sol e com a ação dos departamentos governamentais responsáveis pelas estradas.

A produção retoma o ritmo, o frete recua e a saída de soja aumenta, acredita ele. "Mas já há perdas, principalmente no médio norte do Estado", afirma Fávaro.

Apesar das chuvas, as estimativas de produção para o Estado ainda são recordes.

Os dados mais recentes do Imea apontam para uma safra de 26,9 milhões de toneladas, 14% mais do que a do ano passado.

Já a produtividade média sobe para 54 sacas por hectare, 8% mais do que em 2013.

Panificação A alta de custos na cadeia do trigo fez o setor de panificação crescer menos. Acostumado a uma alta de faturamento acima de 10% por ano desde 2007, o setor cresceu 8,7% em 2013.

Custos A farinha de trigo, que representa 40% dos custos dos panificados, subiu 22% no ano passado, segundo José Batista de Oliveira, da Abip (associação do setor).

Olho no milho 1 A redução do volume a ser exportado pode trazer uma pressão negativa aos preços do cereal.

Olho no milho 2 O clima seco, influenciando o plantio de inverno, pode limitar a queda, segundo avaliação da consultoria Clarivi.

FRANGO

+2,04%

Ontem, mercado interno

ALGODÃO

-1,93%

Ontem, em Nova York

Brasil vende menos para UE, mas compra mais

No momento em que Brasil e União Europeia discutem um acordo comercial que se arrasta por mais de uma década, os dados da balança comercial entre os dois indicam um cenário bem mais favorável para o bloco europeu.

As exportações de produtos primários brasileiros para o bloco de 28 países da União Europeia caíram para US$ 16,9 bilhões de janeiro a setembro de 2013. Esse dado, divulgado na semana passada pela agência oficial do bloco, mostra recuo de 18% ante igual período de 2013.

Já as exportações de bens manufaturados dos europeus para o Brasil subiram para US$ 26,2 bilhões no mesmo período, 4% mais.

Alemanha, França, Itália e Espanha são os grandes exportadores para o mercado brasileiro. Já a Holanda é a principal porta de entrada dos produtos brasileiros.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página