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Brasil na balança

Analistas reveem previsões para este ano

Mas, apesar do resultado melhor que o esperado, economistas ainda esperam cenário econômico fraco em 2014

Modesta expansão dos investimentos no trimestre passado foi a principal surpresa para analistas

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

O resultado melhor do que o esperado da economia no quarto trimestre deve estancar a recente onda de revisões para baixo nas projeções de crescimento em 2014. Mas não alterou o cenário esperado de crescimento fraco.

Mesmo os economistas que ontem revisaram para cima a taxa de expansão prevista para 2014 ainda apostam em resultado mais fraco do que o do ano passado.

Em 2013, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,3%.

As projeções para 2014 ainda variam de 1,4% a 2%.

As revisões feitas foram pequenas. O Credit Suisse aumentou a projeção de 2014 de 1,5% para 1,8%. Já a corretora Nomura elevou sua expectativa de 1,3% para 1,6%.

A consultoria MB Associados manteve a projeção de crescimento de 1,6%.

"Os sinais de risco ainda são muito grandes", afirma Sergio Vale, economista-chefe da consultoria.

O Itaú Unibanco também não alterou sua previsão de 1,4%. Segundo Aurélio Bicalho, economista do banco, se houver um ajuste para cima, será pequeno.

O Bradesco espera expansão entre 1,5% e 2% em 2014.

HERANÇA ESTATÍSTICA

O desempenho da economia brasileira em 2013 deixou de herança para este ano um crescimento de 0,7%.

Isso é resultado de um efeito estatístico, chamado pelos economistas de "carry over".

O impulso ocorre porque, mesmo que a economia fique, por exemplo, estagnada no primeiro trimestre de 2014 em relação ao último de 2013, o patamar da produção de bens e serviços finais (que é o PIB) ainda será maior que o registrado nos primeiros três meses do ano passado.

O número mais forte do que o previsto do último trimestre resultou em uma herança maior para 2014 do que o projetado por economistas, mas inferior ao 1% que havia passado de 2012 para 2013.

"O carry over será um pouco maior do que o esperado, mas ainda baixo", diz Bicalho, do Itaú Unibanco.

A modesta expansão dos investimentos no último trimestre foi a principal surpresa para os analistas que esperavam um recuo com base em resultados ruins de dados como a produção industrial.

Apesar disso, os economistas mantêm cautela em relação à recuperação do investimento devido a números ainda fracos já divulgados para 2014. A confiança de empresários nas perspectivas da economia, por exemplo, voltou a recuar recentemente.

"O início de 2014 mostra um cenário ainda ruim", afirma André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Mas, segundo ele, a surpresa positiva com o PIB de 2013 poderá começar a contribuir para a recuperação da confiança na economia do país.


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