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Negócio de previsão do tempo salva até namoro

INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO

A previsão do tempo não só ajuda as empresas a se planejar contra intempéries como pode salvar até festa de casamento e servir de álibi para namoros.

No caso de grandes empresas, a procura maior vem do setor elétrico e do agronegócio, que precisam saber as tendências climáticas com antecedência de até 12 meses. Nesse caso, o valor mensal do serviço de meteorologia pode chegar a R$ 12 mil.

"O setor de energia é o mais exigente. Nossas reuniões de apresentação são feitas com os acionistas", diz o diretor-executivo da Somar Meteorologia, Marcos Massari.

As previsões ajudam no planejamento dos mais diversos negócios. Para a indústria farmacêutica, quanto maior a duração do inverno, maior a produção de antigripais.

A rede calçadista Pixolé, que contrata serviços de meteorologia desde 2009, foi surpreendida com o excesso de calor, que interferiu na moda do verão. "Neste ano o tempo deu uma rasteira. Apostamos nas sapatilhas, mas acabou o estoque de rasteirinhas", diz o diretor comercial da Pixolé, Paulo Esteves.

Produtoras de vídeo também estão entre os clientes das empresas de meteorologia pois dependem do clima para realizar filmagens externas. "Certa vez, começamos a filmar no litoral paulista, mas não parava de chover e tivemos que subir até Natal", diz Paulo Schmidt, sócio da Academia de Filmes. O custo diário para montar a estrutura de gravação de um comercial é de, ao menos, R$ 200 mil.

"A meteorologia está deixando de ser conversa de elevador", diz o diretor da Somar. A empresa faz previsões de acordo com a necessidade do cliente. Uma previsão para um único dia pode custar de R$ 50 a R$ 300. O valor depende da antecedência e do grau de detalhamento.

Em busca de um álibi, há até quem contrate o relatório com o clima em dias passados. "Uma vez, um rapaz queria provar à namorada que não foi encontrá-la porque havia chovido, mas não choveu no dia", diz Nil Nunes, gerente do Climatempo.

A médica Marta Pessoa comprou, em 2009, a previsão para o final de semana de seu casamento, que seria realizado na praia de Juqueí, no litoral de São Paulo.

"A previsão falava em 80% de chance de chuva e ventos fortes", diz. Prevenida, ela optou por um toldo com cobertura lateral. Na hora da troca de alianças, choveu forte, mas ninguém se molhou.


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