Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ford vê excesso de capacidade no Brasil

Segundo principal executivo da montadora prevê que China e EUA vão liderar crescimento do setor neste ano

Mercado mundial de automóveis terá excedente geral de capacidade de até 30% em 2016, diz KPMG

DO "FINANCIAL TIMES"

As montadoras multinacionais de automóveis construíram capacidade de produção em volume preocupante em mercados emergentes que vêm apresentando problemas de desempenho, alertou o vice-presidente de operações da Ford.

As vendas no Brasil, Rússia e Índia tem ficado abaixo das expectativas do setor.

O excesso de capacidade, ou seja, o potencial de produzir mais carros do que é possível vender, é um problema para as montadoras de automóveis. Construir, manter e operar uma fábrica é caro, e elas tipicamente só propiciam lucro quando pelo menos 75% de sua capacidade está sendo utilizada.

A esperança no crescimento acelerado das vendas nos mercados emergentes levou a um boom de construção de fábricas nesses países.

"Temos claramente uma situação, para algumas montadoras, de apetite maior do que a barriga permite", disse Mark Fields, segundo em comando da montadora e visto por muitos como o virtual sucessor de Alan Mullaly como presidente-executivo da Ford.

"Estamos acompanhando os anúncios quanto a expansões e a expansão de capacidade que deve acontecer nos próximos cinco anos e pensando que, ei, se levarmos em conta esses números e as suposições do mercado sobre o crescimento do setor... teremos uma dinâmica de mercado interessante", disse Fields ao "Financial Times" durante o Salão do Automóvel de Genebra. "Você precisa se basear nos fatos, nos dados."

O mercado mundial de automóveis terá um excedente geral de capacidade da ordem de 20% a 30% em 2016, de acordo com a KPMG.

Fábricas subutilizadas são o motivo isolado mais importante para que companhias como a Peugeot Citroën, Fiat, GM e Ford estejam perdendo dinheiro na Europa.

Embora a ascensão da China como polo da indústria automobilística mundial e maior mercado de automóveis venha sendo relativamente constante, o crescimento dos demais países do Bric se provou negativo.

Brasil, Rússia e Índia registraram vendas superiores a 2,5 milhões de carros no ano passado, o que os tornou o quinto, sexto e sétimo maiores mercados mundiais pelo critério de vendas.

As vendas de automóveis caíram nos três países no ano passado, pela primeira vez em mais de uma década.

"Vejam o Brasil. Há muita capacidade expandida no Brasil", disse Fields, que enfatizou que a Ford não foi "exuberante demais" nos mercados emergentes.

"Observando alguns desses mercados no ano passado, percebemos, estudando os números que a economia estava começando a passar por um aperto."

Para a Fields, América do Norte e China devem liderar o crescimento de vendas e de lucros do setor neste ano.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página