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Emprego nos EUA supera previsão, mas dado de longo prazo preocupa

Em fevereiro, foram criadas 175 mil vagas e cresceu o número de interessados em trabalhar

Houve alta, no entanto, nos que estão há ao menos um semestre sem emprego, dado que pode definir ação do Fed

DE SÃO PAULO

A criação de 175 mil vagas pela economia americana no mês passado superou a expectativa de analistas, mas os dados também mostram que quem está desempregado há muito tempo está com mais dificuldades para retornar ao mercado de trabalho.

O desemprego de longo prazo (ou seja, pessoas que estão sem trabalho há pelo menos um semestre) cresceu após cinco meses de queda e na maior intensidade em quase dois anos: 203 mil entraram em fevereiro nesse grupo, que agora soma 3,8 milhões de pessoas.

O indicador é um medidor importante da saúde da maior economia global, indicando se as pessoas estão conseguindo retornar ao mercado de trabalho, e foi apontado pela presidente do Fed (BC dos EUA), Janet Yellen, como um dos indicadores principais para decidir o rumo da retirada dos estímulos iniciados no fim de 2012.

O Fed se reúne em duas semanas para decidir os rumos da ajuda que atualmente está em US$ 65 bilhões ao mês (no ápice chegou a US$ 85 bilhões) e que tem influenciado nos últimos meses as Bolsas e as moedas de países emergentes --Brasil, inclusive-- com a expectativa do fim da "era do dinheiro barato".

O problema do aumento do total de desempregados de longo prazo também foi apontado pelo secretário do Trabalho dos EUA, Tom Perez. "Os desafios enfrentados por esses desempregados permanecem como um dos mais duradouros legados da Grande Recessão."

MAIS ANIMADORES

O mercado de trabalho americano também mostrou dados animadores.

Além de a criação de vagas ter se acelerado (175 mil em fevereiro, ante 106 mil na média nos dois meses anteriores), a taxa de desemprego subiu, mas por motivos positivos.

A taxa passou de 6,6% para 6,7% devido ao crescimento de pessoas em busca de trabalho (um sinal positivo, que mostra confiança na economia), o que influencia nos cálculos gerais.

IMPACTO NO BRASIL

No entanto, a criação de empregos acima do previsto nos EUA não foi suficiente para ofuscar o clima de cautela dos mercados, devido às tensões políticas na Ucrânia e aos temores de desaceleração da economia chinesa, a segunda maior do mundo.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia em queda de 1,80% e terminou, pela terceira vez seguida, com retração na semana (desta vez de 1,80%).

No câmbio, o dólar à vista subiu 1,2% ante o real, maior valorização diária desde 2 de janeiro deste ano, para R$ 2,345 na venda.


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