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Setor elétrico teme que térmicas fiquem sem manutenção

Perigo de racionamento pode postergar ou fracionar paradas necessárias para ação

Para governo federal, importante é melhorar nível de reservatórios antes do próximo período de seca

JÚLIA BORBA VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Uma nova preocupação do setor elétrico é com o calendário de manutenção das usinas termelétricas, processo que demandará o desligamento temporário de parte dessas geradoras.

Movidas principalmente a óleo combustível, carvão e gás, as termelétricas têm sido usadas em larga escala desde o fim de 2012.

Ao longo desse período, o baixo nível das chuvas prejudicou o reabastecimento dos reservatórios das hidrelétricas. Com isso, as térmicas, que costumam ter uso sazonal, passaram a ficar ligadas praticamente durante todo o ano --salvo no caso das mais caras, desligadas durante alguns meses na tentativa de baixar o custo da energia.

Segundo estudo feito pela consultoria do banco Santander e obtido pela Folha, a expectativa é que todas as térmicas sejam mantidas em operação até abril. Em maio, no entanto, ao menos 10% terão de passar por manutenção e, em setembro, mais 10% terão de fazer revisões.

Com a saída temporária dessas geradoras do sistema e diante das projeções de volume de chuvas para as próximas semanas, a avaliação é que os reservatórios das hidrelétricas podem beirar "níveis problemáticos" em novembro, com apenas 24% de sua capacidade preenchida, segundo a consultoria.

Segundo a Folha apurou, empresários do setor temem que o governo tente postergar ou fracionar essas pausas de manutenção nos equipamentos para aproveitar ao máximo a geração complementar que as térmicas vêm garantindo ao sistema.

Se as usinas forem mantidas ligadas por muito tempo sem manutenção, aumenta a possibilidade de quebra dos equipamentos e de interrupção forçada da geração por algumas delas.


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