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Tecnologia para limpeza de Fukushima pode render negócios novos ao Japão

MARY YAMAGUCHI DA ASSOCIATED PRESS, EM TÓQUIO

Existe algo de surpreendente nas carcaças radiativas da usina nuclear Fukushima Daí-ichi: oportunidade. Para limpar a área, o Japão terá de desenvolver tecnologia de que qualquer país dotado de um reator nuclear poderá necessitar no futuro.

Considerando as dezenas de reatores envelhecidos existentes no Japão e centenas de equipamentos similares em todo o mundo que terão de ser aposentados um dia, o setor nuclear japonês percebe oportunidade lucrativa para desmonte nuclear.

Pode soar surpreendente, dados os problemas que continuam a existir na usina, como vazamentos de água contaminada e outras dificuldades surgidas após sua devastação pelo terremoto e tsunami de março de 2011, que completou três anos ontem.

Mas especialistas e executivos setoriais dizem que a experiência adquirida e tecnologia como os recursos robóticos em desenvolvimento para a tarefa poderão ser usados em futuros desmontes de instalações nucleares. Isso pode oferecer novas oportunidades a companhias japonesas, que perderam parte de sua influência mundial para concorrentes de países como Coreia do Sul, China e EUA.

"Há um setor de desmonte nuclear que vai além de Fukushima", diz Lake Barrett, consultor, que atou em agência federal de regulamentação nuclear americana.

A Tokyo Electric Power Co., que opera a Fukushima Daí-ichi, vai abrir companhia separada para cuidar da limpeza da usina. A empresa pode se tornar uma organização de desmonte para outras usinas no Japão e no exterior.

Companhias japonesas como a Toshiba, Mitsubishi Heavy Industries e Hitachi vêm desenvolvendo robôs que podem monitorar radiação, realizar descontaminação, remover detritos contaminados ou reparar danos, alguns já em uso na usina.

As operações comuns de desmonte são executadas em larga medida por trabalhadores humanos. Uso da robótica e outras tecnologias avançadas não só ajuda a reduzir a exposição dos trabalhadores à radiação como pode tornar a limpeza mais rápida e mais barata, diz Barrett.


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