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Indicador do BC mostra que país cresceu 1,26% em janeiro

Foi a maior expansão mensal desde dezembro de 2009; outras comparações do índice, porém, mostram desaceleração da economia

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

A avaliação de boa parte dos economistas de que a economia brasileira começou o ano melhor que o esperado ganhou força ontem com a divulgação do indicador de atividade do Banco Central para janeiro. Ainda há dúvidas, no entanto, em relação à continuidade dessa recuperação.

O chamado IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) cresceu 1,26% em janeiro em relação a dezembro. Essa é a maior taxa mensal de expansão desde dezembro de 2009, quando o crescimento também foi de 1,26%. Para fevereiro, a expectativa dos analistas é de um resultado também positivo, mas mais moderado.

O resultado de janeiro reflete o bom desempenho da indústria e do comércio no período, que mostraram forte recuperação em relação ao fim do ano passado. Nem todos os sinais, no entanto, são de retomada do crescimento.

O indicador do BC aponta, por exemplo, que a taxa de crescimento em 12 meses desacelerou de 2,52% no fim de 2013 para 2,29%. E o resultado nos últimos três meses medidos (de novembro a janeiro) é de queda, de 0,47%, sobre os três meses anteriores (de agosto e outubro).

"Foi uma consequência dos números bons que tivemos na semana, que vieram melhor que o esperado", disse o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otavio de Souza Leal, em referência aos dados da indústria e do comércio.

Para o economista, os números mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre deve ficar próximo de uma expansão de 0,5%. Anteriormente, ele estimava um resultado mais próximo da estabilidade.

"Não é um dado para comemorar, mas é preciso ver de onde partimos. Na virada do ano, a expectativa era que poderíamos estar em recessão técnica e que o início de 2014 seria ruim. Essa piora de cenário não está se concretizando", diz Leal.

O economista-sênior do banco Besi Brasil, Flávio Serrano, afirmou que o número de janeiro também reflete a base fraca de comparação, após a queda de 1,4% em dezembro ante novembro, embora tenha vindo acima do esperado por ele.

Apesar de projetar um crescimento do PIB de até 0,5% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2013, Serrano não modificou a projeção de crescimento do PIB entre 1,5% e 2% em 2014.

"O dado surpreendeu um pouco, mais é meio como um espasmo. A perspectiva de médio prazo é muito modesta", disse.


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