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Elétricas derrubam Bolsa ao nível de 2009

Ações do setor caem até 5,98% em meio a temor de investidores com racionamento e a dúvidas sobre socorro do governo

Perdas no exterior, sob reflexo da crise na Ucrânia, também ajudam a pressionar o mercado brasileiro

GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

Com investidores preocupados com o risco de racionamento de energia e com dúvidas sobre a implantação do plano de socorro às distribuidoras proposto pelo governo, as ações das elétricas caíram ontem e ajudaram a derrubar a Bolsa para a menor pontuação em quase cinco anos.

A maior queda do segmento foi a da Cemig, de 5,98%, seguida pelas desvalorizações de CPFL (de 3,92%) e Copel (3,64%). Neste ano, esses papéis caíram 7,92%, 11,42% e 17,62%, respectivamente.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, terminou o dia em baixa de 1,05%, aos 44.965,55 pontos --menor valor desde 22 de abril de 2009--, e encerrou a quarta semana seguida de desvalorização. No ano, a perda acumulada é de 12,7%.

No mercado de câmbio brasileiro, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia estável, cotado a R$ 2,362.

Para analistas ouvidos pela Folha, embora o pacote do governo de R$ 12 bilhões para as distribuidoras seja considerado positivo --o que impulsionou as ações das elétricas anteontem, com altas superiores a 4%--, o programa é insuficiente e há indefinições sobre o financiamento às empresas e sobre o real custo aos cofres públicos.

Lenon Borges, analista da Ativa Corretora, diz que o governo está jogando para 2015 o reajuste dos preços de energia contando com a volta dos reservatórios das hidrelétricas aos níveis normais.

"Só tem um problema: pode não chover o suficiente."

"Além disso, o risco de racionamento de energia no curto prazo persiste e é negativo para as companhias do setor," acrescenta.

Para as distribuidoras, um racionamento de energia prejudicaria o caixa, pois elas perderiam receita.

Essas incertezas devem seguir pressionando os papéis do segmento elétrico neste ano, mas, no longo prazo (acima de cinco anos), as perspectivas são positivas, afirmam analistas, porque o setor é considerado essencial.

Nesse horizonte mais longo, então, abre-se uma oportunidade para quem deseja começar a aplicar nas ações ou aumentar os investimentos, na avaliação de Elad Revi, da Spinelli Corretora, pois os preços estão mais baixos.

EXTERIOR

A queda do Ibovespa ontem também foi influenciada pela baixa das Bolsas globais, diante do agravamento das tensões na Ucrânia. Um referendo marcado para amanhã decidirá sobre a união do território da Crimeia à Rússia.


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