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Estatais disparam e impulsionam Bolsa

Segundo analistas, valorização se seguiu a rumor --não confirmado-- de redução de vantagem de Dilma em pesquisa

Petrobras sobe 4,87%, Banco do Brasil, 5,45%, e Eletrobras, 4,34%; mercado prevê reversão da alta dos preços hoje

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

As ações das empresas estatais disparam ontem e levaram a Bolsa a fechar em alta pelo quarto dia consecutivo.

O motivo para a valorização, segundo analistas, foram rumores de que uma pesquisa eleitoral mostraria redução na distância entre Dilma Rousseff e os candidatos da oposição nas intenções de voto na corrida pelo Planalto.

Os rumores, no entanto, não se confirmaram. Após o fechamento dos mercados, o Ibope divulgou que o cenário de vantagem de Dilma não mudou (leia sobre o resultado na página A11).

O Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 1,53%, para 47.278 pontos. Os papéis mais negociados da Petrobras tiveram ganho de 4,87% --maior valorização diária desde 28 de outubro de 2013.

Outras companhias públicas tiveram ganho expressivo, como Banco do Brasil (5,45%) e Eletrobras (4,34%).

Analistas consultados pela Folha após a divulgação da pesquisa creem numa correção no preço dos papéis hoje.

"O mercado respondeu com otimismo à possibilidade de um novo governo ser eleito, acreditando que as empresas estatais podem sofrer menos com intervenção política", disse Lenon Borges, analista da Ativa Corretora.

Para Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora, o setor privado acreditou que "retomaria a voz que perdeu no governo Dilma".

"O governo não ouve o mercado. Os outros candidatos tentam respeitar a situação do país. A Dilma quer apresentar bons números de qualquer forma. Os demais candidatos têm discurso de deixar o mercado funcionar de forma orgânica, isso agrada."

Os rumores sobre a pesquisa ganharam força nos últimos dois dias, segundo Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho. "Foi um cenário de ganho com forte volume financeiro, o que pode ampliar a correção prevista para hoje."

O analista João Pedro Brügger, da consultoria Leme Investimentos, enxerga que qualquer chance de as estatais "serem menos usadas como instrumento político" pode voltar a influenciar o mercado até as eleições.

"A Petrobras, por exemplo, é prejudicada pela ausência de um reajuste [nos combustíveis] capaz de neutralizar o valor pago por ela para importar derivados de petróleo."

DÓLAR

Depois de ter começado o dia em alta, refletindo o temor de um aumento nos juros dos EUA antes do previsto --o que motivaria a migração de investimentos do Brasil para a economia americana, pressionando o câmbio--, o dólar inverteu a tendência e fechou ontem em queda.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve leve desvalorização de 0,05%, cotado em R$ 2,325 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,93%, para R$ 2,327.

Acompanhe a reação do mercado em tempo real
folha.com/mercadoaovivo


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