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Foco

Sem norma, país é coadjuvante em cosméticos orgânicos

TATIANA FREITAS ENVIADA ESPECIAL A NUREMBERG

Embora a biodiversidade favoreça o Brasil no mercado de cosméticos orgânicos, o país é coadjuvante na área.

Europa e América do Norte respondem por 90% do mercado mundial, que movimenta US$ 9 bilhões por ano, segundo a Organic Monitor.

"O Brasil tem uma grande oportunidade nesse mercado", diz Amarjit Sahota, presidente da consultoria. Açaí e buriti são ingredientes com alta demanda. O desafio é fabricar o produto final.

Segundo especialistas e empresas, o principal gargalo está na regulação. Não há regulamentação sobre o tema no Brasil. Nos EUA e na Europa também não há uma legislação específica, mas há critérios claros para atestar que um cosmético é orgânico.

"A falta de regulação desestimula investimentos. Mesmo se as empresas quisessem vender cosméticos orgânicos no país, não conseguiriam o certificado", diz Daniel Sabará, da área de beleza e higiene pessoal da Beraca.

Fornecedora de insumos como óleos e extratos, a Beraca tem entre os clientes gigantes como L'Oreal. Não planeja fabricar o produto final.

Embora tenha sido debatida entre o setor, o Ministério da Agricultura --responsável pela legislação de orgânicos-- e a Anvisa (que autoriza a venda de cosméticos), a regulamentação não avançou.

O debate travou na Anvisa, que entende que um cosmético não pode ser orgânico.

"O Ministério da Agricultura está impedido de regulamentar o tema e não pode permitir a inscrição orgânico' na embalagem", diz Ming Liu, do Projeto Organics Brasil.

Algumas empresas brasileiras se arriscam. É o caso da Surya, que vende cosméticos naturais, veganos e orgânicos com formulação própria.

A presidente da Surya, Clélia Angelon, minimiza o impacto da falta de certificação. "Trabalhamos o conceito dos orgânicos em nossa marca."


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