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Tesouro tem papéis para objetivos diferentes
Para quem quer sacar a qualquer hora sem risco de perdas, indicação é a LFT
NTN-B Principais de 2019, que pagam IPCA mais juros prefixados, são apontados para quem quer imóveis
A Folha solicitou a especialistas em finanças pessoais dicas sobre as opções de investimento no Tesouro Direto.
Para quem quer sacar o dinheiro a qualquer momento sem risco de rentabilidade negativa, a opção é o título corrigido diariamente pela taxa básica de juros, a LFT.
Considerada como opção para reserva de emergência ou aplicação de curto prazo, é ainda uma alternativa à caderneta de poupança, mesmo considerando taxas e impostos, segundo o professor Aguinaldo Pereira, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
A vantagem em relação a um CDB que também acompanha os juros de mercado é a remuneração. No Tesouro Direto, o investidor tem 100% da Selic, superior à encontrada nos grandes bancos.
Em relação aos papéis prefixados e corrigidos pela inflação, há risco de rentabilidade negativa na venda antes do vencimento.
Quem guarda o dinheiro pelo tempo planejado, no entanto, pode ser recompensado, segundo Michael Viriato, professor de finanças do Insper. Por isso mesmo, esses títulos representam quase 90% das vendas.
O dinheiro para a compra de um veículo, por exemplo, pode ser acumulado com a compra de uma LTN, papel prefixado. Há hoje duas opções, com vencimentos em janeiro de 2017 e 2018.
Uma vantagem é saber que toda LTN valerá R$ 1.000 no vencimento, segundo Viriato. A diferença entre o preço da compra e esse valor é o ganho do investidor.
Os papéis mais vendidos na história do programa são as NTN-B Principais, corrigidos pela inflação (IPCA) mais juros prefixados. Há três opções de vencimento.
O título para 2019 é apontado como alternativa para planejar a compra de bens, como veículo ou imóvel. Aos que pretendem fazer a poupança para os filhos, a opção indicada é a 2024.
O papel para 2035 pode desempenhar essa mesma função ou ainda servir de reserva para a aposentadoria, segundo o professor Eduardo Coutinho, do Ibmec-MG.
Outro título que garante taxa acima da inflação no vencimento é a NTN-B, que se diferencia da NTN-B Principal por pagar juros semestrais.
É uma opção para quem quer receber algum dinheiro durante o período da aplicação para despesas. São três vencimentos, um deles para 2050, outra recomendação para a aposentadoria.
COMPRAS
Há hoje 75 instituições que oferecem o produto. Seis corretoras não cobram taxa de administração, pois usam o Tesouro Direto com o objetivo de atrair clientes. Mais da metade cobra, no máximo, 0,25% ao ano.
Entre os grandes bancos, a taxa cobrada varia de 0,30% a 0,50% ao ano. Esses valores são inferiores às taxas cobradas pela maioria dos fundos de renda fixa, segundo Coutinho, normalmente acima de 1% ou 2% ao ano.
O ranking das taxas cobradas pelas instituições para administrar os títulos para o investidor está disponível no site do Tesouro Direto, em www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto.