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Rede Walmart gasta US$ 439 mi para investigar corrupção

Empresa americana, maior varejista mundial, é suspeita em casos de propina no Brasil, no México, na Índia e na China

Companhia afirma que interesse da imprensa e do governo dos EUA pelo caso pode afetar sua imagem

DE SÃO PAULO

O Walmart, maior rede varejista do mundo, gastou US$ 439 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão) nos últimos dois anos para investigar suspeitas de pagamento de subornos no exterior, inclusive no Brasil.

Segundo balanço da empresa americana divulgado nesta semana foram gastos US$ 282 milhões no ano fiscal encerrado em 31 de janeiro de 2014 e US$ 157 milhões nos 12 meses anteriores.

A companhia estimou recentemente que esses gastos devem ficar entre US$ 200 milhões e US$ 240 milhões no atual ano fiscal.

As suspeitas de corrupção tiveram início em 2011, quando o Walmart informou às autoridades americanas que ocorreram possíveis violações no México.

No ano seguinte, o "New York Times" afirmou que a rede americana teria pago US$ 24 milhões em propina no país vizinho --outros US$ 16 milhões teriam sido gastos desde 2005 em "doações" para autoridades mexicanas para acelerar a expansão das lojas no país.

Ainda em 2012, o Walmart disse que investigava as operações brasileiras.

"Temos investigações que apontam potenciais violações ao FCPA [lei que proíbe empresa que têm negócios nos EUA de pagar propina mesmo no exterior] em operações externas, incluindo, mas não limitada a elas, no Brasil,na China e na Índia", afirmou a empresa em nota na ocasião.

Os EUA estão investigando se houve pagamento pelo Walmart para obter ou manter negócios no exterior.

Até o momento nem o governo americano nem a rede varejista divulgaram detalhes nem se houve avanços na investigação sobre as suspeitas de corrupção no Brasil.

"A companhia espera que aconteça um contínuo interesse da imprensa e do governo, incluindo a publicação de novos artigos na mídia sobre o tema, o que pode ter impacto na percepção de parte do público sobre o papel da empresa como cidadã corporativa", escreveu o Walmart em documento nesta semana.

No ano fiscal encerrado em 31 de janeiro, a rede norte-americana teve um lucro mundial de US$ 16 bilhões, 6% menos que no ano anterior. O faturamento cresceu 2% na mesma comparação, para US$ 476 bilhões.

No quarto trimestre, a companhia fechou 25 lojas no Brasil. Segundo ela, passivos fiscais trabalhistas no país afetaram o seu lucro trimestral.

"O Walmart Brasil tem experimentado um aumento significativo das reivindicações trabalhistas nos últimos anos, como resultado dos esforços da empresa para melhorar a produtividade e reduzir custos", afirmou a varejista em comunicado.


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