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Jornal se mantém líder em receita nos EUA

Relatório sobre cenários da mídia mostra que imprensa diária responde por 61% do faturamento do setor de notícias

Estudo anual do Pew também destaca que organizações digitais vivem 'explosão', com expansão das Redações

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

Em seu relatório anual "O Estado da Mídia" nos Estados Unidos, o Centro de Pesquisas Pew informou ontem que os jornais respondem por 61% das receitas do setor de notícias no país.

O levantamento estima que os títulos originalmente impressos tenham somado US$ 38,6 bilhões dos US$ 63,2 bilhões levantados pelo jornalismo americano em 2013, inclusive telejornalismo.

Para Rick Edmonds, pesquisador do Instituto Poynter que colaborou com o estudo do Pew, "o peso dos jornais surpreende aqueles que caíram no meme [ideia que se dissemina rapidamente] da indústria moribunda'".

O que explica esse quadro, segundo ele, é que as receitas com circulação continuam firmes em US$ 10 bilhões, e a publicidade impressa, acima de US$ 17 bilhões.

"Os jornais se mostram capazes de se recuperar", diz Amy Mitchell, diretora de Pesquisa em Jornalismo do Pew. "Mas continuam se debatendo quando se fala de receita."

Não só os jornais. "As novas organizações digitais também não têm um modelo de receita para oferecer. Muito do seu dinheiro vem de indivíduos bilionários, de empreendedores."

Ela anota que "os jornais deram vários passos nos últimos dois ou três anos, com cobrança on-line, conferências, serviços de marketing on-line, um mix que ajuda a aliviar a pressão da queda na publicidade impressa".

PODER DE REPORTAGEM

Por telefone, de Washington, sede do Pew, Mitchell afirma que a novidade no relatório de 2014 é a "explosão" das novas organizações digitais, com o crescimento das Redações de "Vice", "BuzzFeed", "Gawker" e outros.

Os sites "estão reunindo mais poder de reportagem, em muitos casos com jornalistas saídos de veículos tradicionais, que são combinados a pessoas que entendem como a tecnologia funciona".

Tendo a internet como base e "escrevendo em inglês", essas novas organizações noticiosas teriam maior potencial de penetração internacional, levando à retomada na contratação de correspondentes estrangeiros.

"Isso é algo que não víamos havia muitos anos nos EUA", diz. "O que tínhamos era uma retirada, menos presença internacional, sucursais sendo fechadas, nas organizações tradicionais."

Ela diz que veículos originalmente britânicos, como o jornal "The Guardian" e a televisão BBC, "agora estão consistentemente entre os sites de maior audiência nos EUA", confirmando um quadro geral de "oportunidade para informação internacional".

Em contraponto à euforia com as organizações digitais, Mitchell acrescenta que, "se você olhar com atenção, verá que o impacto no jornalismo americano como um todo ainda é muito pequeno, em termos de repórteres e do total de dólares que arrecada".


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