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Picape toma liderança do Gol em vendas
Strada, da Fiat, supera em março o popular da Volks e se torna o primeiro veículo comercial a chegar ao topo em um mês
Vendas de veículos caem 1,5% no ano, e montadoras dão férias coletivas para se ajustar à redução do ritmo
O ranking de vendas de veículos em março mostrou pela primeira vez um modelo comercial como líder de mercado no Brasil. Com pouco mais de 13 mil unidades, a Strada, da Fiat, superou o Gol (Volkswagen), no topo há 27 anos no fechamento anual.
Os dados são preliminares. Os números oficiais do mês serão divulgados hoje pela Fenabrave (associação das concessionárias).
A liderança do utilitário se seguiu a uma mudança implementada pela montadora: o lançamento, no final do ano passado, de uma versão com três portas. A novidade ajudou a elevar em 26% a média mensal das vendas neste ano.
O desempenho mais fraco do Gol é explicado pelo fim da produção da geração quatro. A média mensal de vendas caiu 32% e fez a Volks perder a segunda posição para a GM no trimestre.
Segundo os dados preliminares, a americana alcançou 17,6%, menos de um ponto percentual à frente da alemã.
As vendas de carros de passeio e comerciais leves (picapes, SUVs, furgões) em março recuaram ao menor nível para o mês em seis anos. O Carnaval tardio atrapalhou ao reduzir o número de dias úteis.
Foram emplacados 229 mil unidades, 7% menos do que em fevereiro e 15% abaixo do mesmo mês de 2013. O resultado de março reverteu a trajetória de crescimento no acumulado do bimestre para uma retração de 1,5% nos três primeiros meses do ano, com um total de 775,7 mil unidades.
A redução do ritmo das vendas acontece em meio à alta dos juros e aos reajustes nos preços dos carros, pressionados pela elevação do IPI e pelo avanço do dólar.
As montadoras tentam se adequar ao novo cenário com ajustes na produção.
A GM dará férias coletivas para os funcionários da fábrica de São Caetano do Sul, onde trabalham cerca de 7.000 pessoas. A Volkswagen afastou 300 pessoas no Paraná e a Peugeot também suspendeu 600 trabalhadores da unidade do Rio de Janeiro.
Há também paradas nas montadoras de caminhões e nas fábricas da Argentina, que manda 60% da produção para o Brasil.