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Nota de risco do Brasil não cai neste ano, diz Moody's

Agência pretende avaliar programa econômico do próximo governo

Segundo o analista Mauro Leos, apesar do fraco desempenho econômico, risco de crédito ainda é baixo

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

Uma redução da nota da dívida soberana do Brasil não está nos planos da agência de classificação Moody's para este ano.

Isso significa que o país deverá manter até, pelo menos, o início de 2015 tanto a avaliação Baa2 quanto sua perspectiva de estabilidade.

A classificação atual coloca a dívida do país em um nível acima do patamar mínimo para ser considerado grau de investimento, uma espécie de selo de qualidade que indica ser seguro aplicar recursos no país.

No início da semana passada, a S&P --que forma com a Moody's e a Fitch o trio das mais importantes agências de classificação-- reduziu a nota brasileira para o degrau mais baixo dentro da categoria de grau de investimento.

Os motivos apontados pela S&P para a decisão foram a deterioração do resultado tanto das contas do governo quanto das transações do país com o exterior e o ritmo lento da economia.

Segundo Mauro Leos, analista de risco soberano da Moody's, embora o Brasil não apresente bom desempenho econômico --com um quadro de baixo crescimento e inflação elevada--, o risco de crédito do país ainda é baixo.

Ele afirmou que a Moody's vai esperar o anúncio do programa econômico do novo governo que será eleito neste ano para reavaliar a decisão de manter a nota e a perspectiva estável.

"Não esperamos nenhuma surpresa, positiva ou negativa, em 2014."

PROJEÇÕES PIORES

Apesar da decisão de manter a nota do país estável, as projeções econômicas da Moody's para os indicadores do Brasil pioraram.

A agência diminuiu a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2014 de 2,1% para 1,8%.

A projeção de superavit primário foi reduzida de 1,9% do PIB (que é a meta do governo) para 1,6% do PIB.

Embora tenha ressaltado que há riscos de resultados econômicos piores do que os esperados neste ano, Leos ressaltou que o grande volume de reservas do Brasil reduz o risco de crédito do país.

A decisão de não rebaixar a nota do Brasil, no entanto, poderá ser revista no próximo ano caso o novo governo não tome as medidas necessárias para reverter o atual cenário de fraqueza do Produto Interno Bruto, inflação alta e piora nos resultados fiscais, ou seja, na economia feita pelo governo para pagar juros.

Segundo Leos, o governo também precisa aumentar o grau de transparência das informações prestadas e de previsibilidade de suas ações.

Ele citou como exemplo a falta de previsibilidade da política de reajuste de preços da Petrobras.


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