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Bancos farão oferta da Oi sem garantias

Com decisão, passa a existir a possibilidade de que a operadora capte menos recursos com venda de ações

Mudança foi saída para acelerar a oferta dos papéis da companhia e sacramentar fusão com a Portugal Telecom

DE SÃO PAULO

Os 14 bancos que se juntaram para captar recursos participando do aumento de capital da operadora Oi não darão mais garantias firmes para a operação.

A partir de agora, os bancos dão garantias não mais "na entrada" na oferta pública ao mercado, que começou ontem, mas na liquidação.

Em vez de colocarem os papéis assegurando que eles serão adquiridos mesmo que não haja interessados, os bancos só comprarão os papéis de interessados que desistirem na última hora.

Isso significa que há chances de que captem menos.

O volume de recursos dessa captação tem impacto direto na diluição dos acionistas da Oi. No total, o aumento de capital resultante da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom será de R$ 14 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões devem sair do sindicato de bancos.

Para garantir pelo menos R$ 14 bilhões de aumento de capital, haverá uma oferta a mais de papéis que, se forem vendidos totalmente, poderão render R$ 23 bilhões.

MUDANÇA

A mudança ocorreu ontem, após questionamentos da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O regulador cobrou posição da Oi, que tinha divulgado que os bancos comprariam as ações da companhia resultante da fusão entre a operadora brasileira e a Portugal Telecom mesmo se não aparecessem interessados em adquirir os papéis.

Para a CVM, isso não era dar "garantia firme" na colocação dos papéis, algo que induziria o mercado a acreditar que os recursos informados para o aumento de capital (R$ 6 bilhões) estavam assegurados, quando não estavam.

Por isso, a Oi começou a renegociar com os 14 bancos que integram o sindicato. São eles: BTG (líder do grupo e que conduz as negociações), Banco do Brasil, Banco Espírito Santo, Caixa Geral de Depósitos, HSBC, BofA Merrill Lynch, Barclays, Credit Suisse, Goldman Sachs, Santander, Bradesco BBI, Itaú BBA, Morgan Stanley e Citibank.

Sete deles tinham aceitado dar garantias firmes na entrada, como exigia a CVM, três tinham desistido (Itaú BBA, Bradesco BBI e Goldman Sachs) e os demais resistiram.

Contudo, os 14 bancos mantiveram o compromisso de captar R$ 6 bilhões para o aumento de capital, mesmo se o sindicato fracassasse.

Por isso, em fevereiro, a companhia chamou erroneamente de "garantia firme" o compromisso dos bancos em fazer um investimento de R$ 6 bilhões, dentro ou fora do sindicato.

Essa confusão entre as garantias levou a CVM a pressionar a Oi.

Para evitar atrasos na oferta dos papéis, a companhia preferiu seguir a orientação da CVM e mudar as regras do acordo com os bancos.

O comunicado foi enviado ao regulador ontem pela manhã. (JW)


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