Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mapa do primeiro R$ 1 milhão pode passar pela tela do YouTube

Fenômenos da internet conseguiram transformar em receita a audiência de seus canais de vídeo

Quem já chegou lá diz que é preciso se reinventar e que, para não ser esquecido, trabalho é constante

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

Se até há pouco tempo o jovem que tinha pressa em fazer seu primeiro R$ 1 milhão corria para o mercado financeiro, uma nova geração prefere seguir os passos de Felipe Neto e Mederi Corumbá.

Fenômenos do YouTube, com milhões de fãs que assinam seus canais de vídeos, conseguiram transformar audiência em receita e hoje vivem da produção de vídeos e da fama -com livros e merchandising, por exemplo.

Porta dos Fundos e Galinha Pintadinha são os exemplos mais bem-sucedidos e têm faturamento, em milhões de reais, que passa da casa dos dois dígitos.

Mas há muitas outras histórias de primeiro R$ 1 milhão conquistado aos 20 e poucos anos, como Felipe Neto, 26, do Parafernalha, que, após estourar com o canal "Não faz sentido", realizou trabalhos para a Globo e também uma série para o Netflix ("A Toca").

Diferentemente de empreendedores da internet que montam um negócio sonhando em ser o novo Mark Zuckerberg (Facebook), os novos milionários do YouTube são artistas, humoristas, comunicadores e cineastas que viraram empresários ao vislumbrarem a chance de capitalizar com a fama.

O motor desse negócio é a publicidade segmentada que o YouTube vende aos anunciantes, compartilhando mais de 50% da receita com os produtores de conteúdo.

No ano passado, ele teve faturamento líquido global de US$ 1,96 bilhão com publicidade e distribuiu US$ 3,6 bilhões a produtoras e parceiros geradores de tráfego.

O YouTube não é a única plataforma de vídeos, mas é disparada a de maior audiência. A cada minuto, cem horas de conteúdo audiovisual são publicadas no YouTube, que exibe audiência global de 1 bilhão de usuários/mês. No Brasil, são 59,4 milhões.

NADA DE ILUSÃO

Mas que ninguém se iluda. É preciso ralar muito e se reinventar constantemente para transformar um canal de vídeos em um grande negócio.

"Não tenho final de semana, férias. Se você para de fazer vídeo, as pessoas te esquecem", diz Mederi Corumbá, fundador do Galo Frito, segundo canal com mais inscritos do YouTube Brasil.

Do Balneário Camboriú (SC), o Galo Frito tem três canais e, com oito pessoas, produz quatro vídeos por semana. Fatura R$ 70 mil por mês -metade vem do YouTube, o resto, de publicidade direta.

Para as marcas, as oportunidades vão muito além do anúncio que antecede os vídeos e que, estima-se, só 20% das pessoas assistem.

Elas fazem parcerias com os canais e criam ações dentro do conteúdo. "Há muitos canais estruturados que são grandes oportunidades para as marcas se relacionarem com um público segmentado", diz Paulo Queiroz, copresidente da DM9DDB.

Para Daniel Tártaro, diretor de integração digital da Ogilvy, a popularidade de aparelhos que permitem assistir à internet na sala de TV abre oportunidades ainda maiores. "O consumo de vídeo on-line começa a migrar para a sala de TV, para o momento de lazer em família."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página