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Saiba como fazer investimento com capital protegido

Estratégia serve para quem deseja experimentar aplicações de risco, mas sem perder montante inicial

Consultores sugerem que pequeno investidor prefira, na parcela de renda variável, fundos de custo abaixo de 1%

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Quem deseja experimentar alternativas de investimento consideradas de maior risco, como ações, mas quer preservar o capital que tem guardado, pode montar estratégias que ajudem nesse objetivo.

Há produtos chamados de capital protegido, como fundos de investimento oferecidos no mercado, mas que cobram taxas (leia texto abaixo). E também é possível elaborar mecanismos de proteção por conta própria.

A estratégia de investimento de capital protegido busca dividir os recursos entre renda fixa --alternativa de menor risco, como títulos públicos e CDBs (Certificados de Depósitos Bancários)-- e renda variável --de maior risco, como ações e fundos cambiais.

A renda fixa fica com a maior fatia do dinheiro investido --em torno de 90%, de acordo com consultores.

"No pior dos casos, ao final de um ano, o investidor vai ter o valor que aplicou [nominal, sem descontar a inflação], graças ao ganho com os juros da renda fixa", diz Michael Viriato, professor do Insper, instituto de ensino.

A simulação ao lado, feita pelo colunista da Folha e economista Samy Dana, da FGV (Fundação Getulio Vargas), mostra como investir R$ 5.000 por 12 meses sem perder esse capital nominal inicial.

No exemplo, o economista parte do princípio de que o investidor já tem todo o montante disponível para aplicar. A partir daí, ele calcula quanto seria necessário investir hoje, em renda fixa, para garantir R$ 5.000 em 12 meses.

Então, com a perspectiva de ter o capital nominal inicial preservado, o investidor destina uma parte menor dos seus recursos a aplicações mais arriscadas, para tentar maximizar o rendimento final.

Na simulação, o valor recomendado para investimento em renda variável é justamente a diferença entre os R$ 5.000 e a quantia que o aplicador retirou desse montante para investir em renda fixa.

No melhor cenário do exemplo, com o investidor tendo ganhado 50% do que aplicou em renda variável, o valor final, já contando o investimento em renda fixa, superou os R$ 5.000 em R$ 610,41. No pior cenário simulado, com perda de 90% em renda variável, ainda assim o capital inicial foi preservado.

Vale destacar que os cálculos já descontam o Imposto de Renda das aplicações em que ele incide, mas não computam a inflação projetada para o período, de 6,3%.

Considerando o aumento do custo de vida, para ter ganho real na estratégia, o investidor precisaria obter valor final acima de R$ 5.315 --o que, pelas simulações, ocorreria com valorização a partir de 20% na renda variável.

CUIDADOS

Uma estratégia desse tipo desenhada por conta própria pode ser considerada trabalhosa demais para o pequeno investidor, afirmam consultores. "Escolher uma ação para aplicar não é uma atividade simples. É preciso saber analisar o histórico e as perspectivas de negócio da empresa", diz Viriato, do Insper.

Assim, uma alternativa é, ao fazer a composição da carteira, destinar a parte de renda variável aos fundos de ações, fundos imobiliários e ETFs --cotas de fundos negociadas em Bolsa que espelham índices da BM&FBovespa, por exemplo.

"No caso de fundos, é preciso lembrar que há sempre cobrança de taxa de administração. Para que esse custo compense, a taxa não pode ser maior que 1% ao ano", diz Samy Dana.


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