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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Quebra na safra de cana vai paralisar usinas

A próxima safra de cana começa em meados deste mês na região centro-sul com menos usinas em operação.

A previsão da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) é que 12 unidades que processaram cana na safra passada deixarão de operar na próxima temporada. Responsável por 90% da produção nacional, o centro-sul tem aproximadamente 300 usinas de cana em atividade.

A política de preços para a gasolina, que prejudica a competitividade do etanol, e problemas de caixa em algumas empresas ajudam a explicar esse movimento.

Neste ano, porém, a oferta reduzida de cana será mais determinante para a paralisação de algumas unidades, segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Unica. "Algumas dessas 12 usinas deverão voltar a operar nas safras seguintes", diz.

Segundo ele, pelo menos três grupos diferentes que possuem usinas em regiões próximas preferiram interromper a moagem de uma de suas unidades nesta safra por causa do menor volume de cana disponível.

"É preferível paralisar uma das unidades a operar com capacidade ociosa em todas as usinas de um mesmo grupo. Não tem cana para todas elas", afirma Pádua.

As primeiras estimativas de consultorias para a safra 2014/15 apontam o processamento de 575 milhões de toneladas, uma queda de quase 4% em relação à anterior.

A Unica ainda trabalha na sua primeira estimativa de safra, mas a quebra é dada como certa pela entidade por causa da seca no centro-sul até meados de fevereiro.

No Nordeste, que começa o processamento em agosto, mais "duas ou três usinas" devem suspender as atividades nesta safra, diz Pádua.

Preocupação com o clima volta, e café sobe mais

O clima e a especulação sobre o tamanho dos seus danos à produção brasileira de café voltaram a ditar os negócios em Nova York. Ontem, o preço subiu 4,5%, acumulando valorização de 10,7% só nos últimos dois pregões.

Além do estudo divulgado na sexta-feira pelo CNC (Conselho Nacional do Café), que apontou uma quebra de 14% na produção deste ano, o mercado reagiu também à expectativa de clima seco para as próximas semanas.

Segundo Marco Antonio dos Santos, agrometereologista da Somar, perdas pontuais devem continuar a ser registradas nas principais regiões produtoras. Podem ocorrer chuvas, mas elas serão fracas e pontuais e não serão suficientes para recuperar os cafeeiros, afirma.

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El Niño Se no primeiro semestre o clima não ajuda o desenvolvimento das lavouras --a chuva deve seguir abaixo da média em maio e em junho--, na segunda metade do ano ele deve prejudicar a colheita do café e da cana.

Volta Está previsto o retorno do fenômeno El Niño para o período. Se as previsões se confirmarem, julho, agosto e setembro terão precipitações acima do normal, diz Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia.

Búfalos Vão engordar as estatísticas exportações de animais vivos à Venezuela. O Brasil fechou a exportação de 2.000 búfalos para criadores venezuelanos em março.

OURO
+1,14%
No mês, em Nova York

AÇÚCAR
-2,36%
Ontem, em Nova York

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Gigantes do leite unificam pleitos e criam associação

Gigantes do setor de lácteos, como Nestlé, DPA, Vigor, Danone, LBR e Fonterra, entre outras, uniram-se para criar uma associação das indústrias do setor.

Entre as principais missões da Viva Lácteos, que será lançada oficialmente hoje em Brasília, está a uniformização da tributação no setor, segundo César Helou, conselheiro da associação e proprietário do Laticínios Bela Vista, uma das empresas fundadoras.

Distorções tributárias entre empresas do ramo são apontadas como uma das causas da falta de competitividade do setor no país.

A modernização das normas sanitárias será outro pleito da entidade, que nasce com 29 associados responsáveis por cerca de 70% da captação de leite no Brasil, de acordo com César Helou.


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