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Governo quer destravar obras de miniusinas

Há 699 projetos à espera de licença; alta na capacidade seria de 5,6%

Aumento na oferta de energia, no entanto, só viria daqui a 2 anos; preço é maior que o de grandes hidrelétricas

NATUZA NERY JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA

O governo quer acelerar o processo de autorização para a construção de diversas usinas hidrelétricas de pequeno porte no país.

Segundo apurou a Folha, a avaliação do Executivo é que as obras ajudariam a aumentar a oferta de energia, sinalizando ao mercado uma oferta mais confortável em dois ou três anos.

O setor aponta como principais entraves para essa alternativa de geração a demora na concessão de licenças ambientais e o preço --a energia das chamadas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) é cara na comparação com a das grandes usinas, que têm ganhos de escala.

Atualmente, há 669 projetos para construção de PCHs parados na Agência Nacional de Energia Elétrica à espera da licença ambiental, de responsabilidade dos Estados. A estimativa é da Abragel (Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa).

Juntas, essas pequenas hidrelétricas representariam um acréscimo de 7.139 megawatts no sistema elétrico, ou 5,6% da capacidade instalada atual do país.

Esse volume equivale à previsão de expansão da oferta de energia neste ano --6.000 a 8.000 megawatts.

O prazo para a construção de uma PCH, no entanto, é de 24 a 36 meses.

De acordo com Charles Lenzi, presidente da Abragel, a aproximação do setor com o governo começou há cerca de dois anos. No momento, cresceu a possibilidade de essas usinas conquistarem espaço nos leilões para a venda de energia para as distribuidoras, segundo ele.

"Temos agora uma expectativa muito grande em vista da conjuntura do momento, em que qualquer expansão é necessária e bem-vinda", diz.

As PCHs tradicionalmente operam no mercado livre, em que as grandes indústrias compram a energia diretamente das geradoras. Por causa da seca, o preço chega a R$ 822 nesse mercado.

No ano passado, 24 pequenas centrais hidrelétricas conseguiram vender sua energia em leilão. O preço do megawatt produzido foi de cerca de R$ 140.

Até 2013, apenas outras 24 PCHs haviam conseguido comercializar energia em leilão, justamente porque não conseguiriam financiar a obra mantendo preços atrativos.

Para ser vantajosa a construção e a operação do empreendimento, o setor diz que seria ideal conseguir uma tarifa entre R$ 175 e R$ 180.

Os R$ 140 obtidos em 2013, no entanto, são altos se comparados aos R$ 95,40 obtidos no último leilão para contratar energia nova --de usinas ainda a ser construídas-- em dezembro do ano passado.


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