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Após ganhos da véspera, Bolsa recua; dólar fecha em R$ 2,20

Investidores aproveitam para vender ações e embolsar lucros

GABRIELA BAZZO DE SÃO PAULO

"É esperado que uma valorização dos papéis [das estatais] não se mantenha de forma consistente. Para isso, precisaríamos de fatos concretos, não apenas de expectativas [como, por exemplo, a queda de Dilma nas pesquisas]Elad revianalista da Spinelli Corretora

Depois da valorização de 2,1% da véspera --descolada da baixa das Bolsas do exterior--, o mercado de ações brasileiro caiu ontem, com investidores aproveitando a alta recente para vender papéis e embolsar lucros.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa do Brasil, fechou em baixa de 1,01%, aos 51.629 pontos. Apesar da saída de investimentos do mercado, o dólar segue no menor preço em pouco mais de cinco meses.

A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, caiu 1,04% ontem, na terceira sessão seguida de baixa, para R$ 2,200, o menor valor desde 30 de outubro do ano passado (R$ 2,183). Ao longo do dia, o dólar à vista chegou a ser negociado abaixo dos R$ 2,20 (R$ 2,193, às 12h51), mas não se manteve nesse patamar.

As ações de empresas estatais e do setor elétrico, que haviam subido anteontem no embalo da perda de espaço de Dilma Rousseff na mais recente pesquisa Datafolha, de sábado, sobre as eleições de outubro, caíram ontem.

Entre elas, as mais negociadas da Petrobras (baixa de 2,86%), do Banco do Brasil (queda de 2,85%) e da Eletrobras (baixa de 1,34%).

A avaliação no mercado financeiro é que, com um outro governo, as companhias estatais poderiam ser menos usadas como instrumento político, o que favoreceria uma gestão mais rentável.

E, no setor elétrico, a intervenção governamental para segurar o repasse de tarifas aos consumidores também desagradou ao mercado.

Elad Revi, analista da Spinelli Corretora, afirma, porém, que é esperado que uma valorização dos papéis não se mantenha de forma consistente. "Para isso, precisaríamos de fatos concretos, não apenas de expectativas positivas", afirma.

Rogério Oliveira, especialista em Bolsa da Icap do Brasil, afirma que as ações das estatais devem cair se outra pesquisa indicar recuperação de Dilma na corrida eleitoral.

No mercado de câmbio, operadores afirmam que o movimento de queda do dólar é pontual e que a tendência da moeda americana ainda é subir em relação ao real.

Essa análise considera os cenários externo --como a recuperação dos EUA, que se torna mais atraente a investimentos estrangeiros que países emergentes, como o Brasil-- e doméstico, com problemas como a inflação e os gastos públicos elevados.

SEGUNDO PLANO

Divulgado ontem, o relatório do FMI que reduziu pela terceira vez a previsão de crescimento do Brasil em 2014 (leia na pág. B5) não influenciou o mercado, de acordo com analistas.

"O documento não trouxe surpresas. Até o Boletim Focus [pesquisa semanal do Banco Central com economistas] mostra esses dados e o próprio governo sinalizou que o crescimento vai ser mais fraco", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.


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