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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Com área 14% maior, trigo deve ter produção recorde no Brasil neste ano

A produção de trigo na safra que começa a ser semeada neste mês tem potencial para ser a maior de todos os tempos, com um volume perto de 7 milhões de toneladas.

A área cultivada com o cereal deve crescer 14,2%, para 2.524 mil hectares, segundo projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgada ontem.

A maior expansão ocorrerá no Paraná, que terá cerca de 200 mil hectares a mais com trigo neste ano. A queda superior a 20% no preço do milho em um ano desincentivou o plantio na safrinha, que também foi prejudicado pela seca no norte do Estado.

No Rio Grande do Sul, maior produtor, o bom rendimento que o trigo proporcionou no ano passado ao produtor vai estimular um novo aumento de área, de 6%, para 1,1 milhão de hectares.

Para a Conab, a maior área e a recuperação da produtividade no Paraná, após a quebra de 2013, resultarão na produção de 6,7 milhões de toneladas, um recorde.

O analista Élcio Bento, da consultoria Safras & Mercado, vê potencial para a colheita de 7,57 milhões de toneladas se as condições climáticas forem favoráveis. Para ele, a área cresce 14,9%.

Com a produção maior, a tendência é de aumento no consumo doméstico e de queda nas importações.

Os preços também devem recuar, principalmente no período de intensificação da colheita, a partir de outubro.

O consumidor agradece. O trigo e seus derivados pressionaram a inflação em 2013, influenciados pela alta do dólar e pelas barreiras argentinas à exportação do cereal.

Mais da metade do trigo consumido no Brasil é importado, e a Argentina é um tradicional fornecedor.

Ajudinha Pelo menos um benefício o período seco que atinge a maior parte do Brasil trouxe: menores filas de caminhões na chegada aos portos brasileiros para o escoamento da safra de soja.

Lembrança No ano passado, as chuvas atrapalharam o carregamento dos navios. "Dessa vez, tivemos o tempo a nosso favor", afirma Sérgio Mendes, da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).

Mais uma A menor exportação de milho também contribui para o melhor fluxo nos portos, já que não coincidiu com a chegada da soja. Os terminais também têm o seu mérito, ao exigir maior disciplina na chegada dos caminhões, lembra Mendes.

ALUMÍNIO
+3,46%
Ontem, em Londres

NÍQUEL
+3,33%
Ontem, em Londres

Consumo de café cresce até 4% neste ano, diz indústria

A alta do café não deve assustar o consumidor. Segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), o consumo deve crescer entre 3% e 4% neste ano, após a queda de 1,2% em 2013.

Para atrair o consumidor num cenário de preços mais altos, a indústria vai ressaltar a qualidade do café nacional, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.

O reajuste de 35% no preço do café pela indústria, estimado há cerca de um mês pelo setor para compensar o aumento nos preços internacionais, ainda não aconteceu.

"O varejo resiste muito a um aumento nessa magnitude", afirma. Segundo ele, algumas indústrias já promoveram reajustes entre 10% e 15%. Novos repasses devem ser feitos gradualmente, diz.

Conab eleva previsão para soja e vê maior safra de cana

A Conab surpreendeu ontem nas suas projeções para as safras de soja e de cana.

A estimativa para a produção de grãos subiu em quase 2 milhões de toneladas ante a divulgada em março, para 190,6 milhões de toneladas. Para a soja, a previsão aumentou de 85,4 milhões para 86,1 milhões de toneladas.

No caso da cana, a Conab divulgou que espera um crescimento de 2% no volume moído na próxima safra, para 671,7 milhões de toneladas no país. A projeção destoa da expectativa das consultorias privadas, que veem uma queda de pelo menos 3% nos volumes do centro-sul, responsável por 90% da produção.


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