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Paralisação migra de estádios para obras de infraestrutura

DE SÃO PAULO

Os quase 50 dias consecutivos de greves em estádios da Copa (se somadas as 1.165 horas paradas em 25 paralisações realizadas de 2011 a 2013) tiveram como resultado ganhos de até 7,35% acima da inflação durante o período e incremento no piso salarial que chegou a até R$ 1.400.

Na média dos reajustes concedidos, os operários que construíram as arenas conseguiram 4,1% de reajuste acima da inflação em 2012 ante 3,2% na média dos demais do setor e 1,9% na média dos reajustes de todas as categorias pesquisadas pelo Dieese nesse mesmo período.

"Houve avanços e conquistas em todas as arenas das cidades-sede da Copa. A ação sindical foi favorável ao bolso dos trabalhadores: no reajuste, no pagamento de horas extras com valores maiores e na concessão de mais benefícios, como cesta básica e assistência médica", afirma José Silvestre de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese.

Durante esses três anos, 128,5 mil trabalhadores cruzaram os braços. "Com o fim das obras em estádios, as paralisações migraram para estaleiros e obras de infraestrutura do país", diz Adalberto Galvão, presidente do sindicato da categoria na Bahia.

Desde a semana passada, construções na Bahia e na cidade do Rio estão paradas. Cerca de 75 mil operários com data-base em março e maio pedem aumento de salário.

A campanha por trabalho decente no setor da construção chegou ao país em 2011, por meio da ICM, federação internacional dos trabalhadores da construção, e passa por todos os países que sediam jogos da Copa.

"Da África do Sul passando pelo Brasil, e agora para a Rússia, que sediará o próximo evento em 2018, o objetivo é garantir condições de trabalho com mais segurança e avanços sociais", afirma Nilton Freitas, representante da ICM para a América Latina e o Caribe.


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