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Nissan abre fábrica no Rio e tem de 'importar' trabalhador

EDUARDO SODRÉ ENVIADO ESPECIAL A RESENDE (RJ)

A escassez de mão de obra especializada na região de Resende (RJ) obrigou a Nissan, que inaugurou ontem uma linha de produção na cidade, a angariar trabalhadores. Muitos vieram do setor comercial ou de outros Estados, como ex-funcionários da GM em São José dos Campos (SP), que saíram em programas de demissão voluntária.

A rápida expansão da indústria automobilística em um polo que engloba também as cidades fluminenses de Porto Real e Itatiaia exigiu que as empresas investissem em parcerias para treinamento e propostas atraentes para importar trabalhadores.

"Começamos a contratar há um ano e meio. Foi preciso criar um pacote diferenciado de remuneração e benefícios. Tivemos de investir R$ 9 milhões em treinamento", diz Vera Gobetti, diretora de RH da Nissan do Brasil.

Para vagas de nível superior e técnicos mais específicos, como inspetores de qualidade, foram trazidos funcionários de outros Estados.

A chegada de trabalhadores de outras regiões tem movimentado a hotelaria, que também encontra dificuldades para repor funcionários, pois muitos têm deixado o setor para tentar as fábricas.

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