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Errar em previdência afeta aposentadoria

É necessário analisar tipo de plano, projeção de renda necessária na velhice e idade para início da aplicação

Uma vez contratado o plano, investidor deve rever condições a cada seis meses, afirmam consultores financeiros

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Um dos principais erros no planejamento da aposentadoria pode ser cometido na escolha do tipo de plano de previdência privada, afirmam consultores.

Há no mercado duas opções: PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O primeiro é vantajoso para quem faz declaração completa do Imposto de Renda, pois é permitido deduzir o valor investido no limite de 12% da renda tributável.

"Só vale a pena aplicar até esse limite. Se houver mais a investir, o valor deve ser destinado a um VGBL, pois, no resgate, o IR é cobrado sobre o rendimento, enquanto no PGBL a incidência é sobre o valor total", diz Rosana Techima, diretora da Caixa Previdência (leia mais na pág. B5).

A data do início da contribuição para um plano de previdência é outro fator importante: quanto antes, melhor.

"Há quem ache que o melhor momento para pensar em aposentadoria é perto dos 40 anos. Mas aí a pessoa leva um susto, porque o sacrifício que tem de fazer para poupar é maior. Em vez de investir R$ 100 por mês, por exemplo, para ter determinada renda na aposentadoria, precisa aplicar R$ 400", diz Techima.

Para a especialista em educação financeira Cássia D'Aquino, porém, é pouco realista exigir que jovens na faixa dos 20 anos se preocupem com a velhice.

Por outro lado, muitos adultos não planejam sua aposentadoria, mas, ao terem um filho, abrem um plano de previdência para a criança. "É pouco inteligente. Se você não tem aposentadoria, vai depender do seu filho", diz.

Calcular mal a renda necessária para uma velhice sem contratempos financeiros é outro problema comum.

Para fazer as contas corretamente, é preciso considerar, por exemplo, que, embora algumas despesas possam diminuir na aposentadoria --como com o sustento de filhos--, outras tendem a aumentar, como gastos com médicos, afirmam consultores.

Estabelecido o valor mensal para manter o padrão de vida desejado, é preciso conversar com o gestor do plano para equilibrar riscos e potencial de retorno ao longo do tempo.

"Quando se é jovem, pode-se investir em fundos de previdência mais agressivos, com mais aplicação em renda variável, como ações. Isso porque há tempo para, em eventual perda no curto prazo, recuperar o valor investido e obter ganhos", diz Techima, da Caixa Previdência.

Mais perto da aposentadoria, porém, é necessário adotar uma posição mais conservadora, optando mais por fundos de renda fixa.

Além disso, ao longo dos anos de investimento, é preciso fazer um acompanhamento periódico --a cada seis meses, por exemplo-- do plano para ver se o rendimento está adequado aos objetivos.

"Sempre que o investidor tiver um aumento salarial deve elevar os valores aplicados, para otimizar os resultados", diz Sandro Bonfim, superintendente de produto da seguradora Brasilprev.

É preciso ainda estar atento aos custos cobrados nos PGBL e VGBL, como taxas de administração e de carregamento --que "comem" uma parte do dinheiro aplicado.

Vale a pena pesquisar entre os concorrentes e barganhar valores. E, se depois de entrar no plano o investidor estiver insatisfeito, pode migrar de produto dentro da mesma instituição ou para outra.


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