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Mercado aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Perto da Copa, multinacional entrará em novo segmento

Na contramão das empresas que não têm grandes planos para este ano de Mundial, eleições e "Pibinho", a Unilever faz às vésperas da Copa um investimento milionário para ingressar na categoria de tira-manchas.

"Obviamente há uma desaceleração do crescimento no Brasil, mas a mudança estrutural da sociedade brasileira dos últimos anos, modificou o padrão de consumo", diz o argentino Fernando Fernandez, presidente no país da gigante em limpeza, cuidados pessoais, alimentos, sorvetes e bebidas.

"Temos crescido dois dígitos em 2012, 2013 e no começo de 2014", afirma. No ano passado, o faturamento no país foi de R$ 15,3 bilhões.

É a primeira vez no mundo que a Unilever entra nesse segmento tira-manchas. No momento, o lançamento está limitado ao Brasil.

"É um prova da força da companhia no país e da força de Omo no Brasil."

A companhia vai alocar R$ 25 milhões apenas em ações de marketing no novo negócio. A empresa investe também em uma nova fábrica em São Paulo.

A nova linha, que terá o nome Omo, chegará ao mercado a partir de 1° de maio em São Paulo e de 1º de junho no resto do país, em nove itens para diferentes usos.

"Crescemos no Brasil, onde estamos há 85 anos e que é o segundo maior mercado depois dos Estados Unidos, a um ritmo de duas vezes e meia a três vezes o que se expande cresce a companhia a nível global", diz Fernandez.

Por que só agora a empresa entra na categoria de tira-manchas, apesar de ter a tecnologia há anos?

"Acreditamos que hoje o mercado esteja pronto: 70% das mulheres trabalham; a renda per capita subiu, a penetração de máquinas de lavar se acelera de três a quatro pontos por ano", diz.

Mexer com um marca líder de mercado é um desafio.

"Certamente, você não faz nenhuma grande bobagem com uma marca dessa importância para a companhia, que vem crescendo. Nos últimos dois anos vem subindo mais de 20% por ano", reconhece Fernandez, para quem há um grande espaço para avançar no segmento.

"O concorrente líder de tira-manchas fez um trabalho muito bom, mas a penetração da categoria continua sendo de apenas 25%."

O novo produto, que foi desenvolvido no Brasil, será cerca de 10% mais caro que o do mais vendido da categoria. O preço do Omo, por sua vez, é cerca de 35% a 40% superior ao que detém o segundo lugar em vendas no mercado.

O executivo afirma que a empresa não pretende derrubar o valor de mercado.

"Mas se nosso concorrente quiser colocar o preço para baixo, jogaremos o jogo."

A principal categoria para o resultado da empresa é a de limpeza de roupa.

A classe C é hoje "o coração do nosso negócio", afirma. "O consumo de Omo nessa classe não é muito diferente do que se encontra em lares muito ricos."

Para Fernandez, o indicador de expansão da empresa em volume é mais importante que o aumento de receita. "Crescimento inflacionário, assim como vem, vai", lembra o argentino.

Companhia investirá cerca de R$ 400 mi em nova planta

A décima fábrica da Unilever no país deverá ser inaugurada em 2015, em Aguaí, em São Paulo, perto da fronteira com Minas Gerais.

O investimento na nova planta deverá somar entre R$ 400 milhões a R$ 500 milhões, segundo Fernando Fernandez, presidente da companhia no Brasil.

"A fábrica já entrará em funcionamento como uma das três maiores entre as nossas unidades no país. Ficará em um terreno de um milhão de metros quadrados, o que equivale a cem Maracanãs", compara o executivo de nacionalidade argentina.

A nova planta foi projetada para atender à demanda da empresa para as próximas duas décadas.

"Com o crescimento que projetamos, em 20 anos será a nossa maior fábrica no Brasil", segundo Fernandez.

A planta terá capacidade para a produção de artigos de várias categorias, como os dos segmentos de limpeza e de higiene pessoal, que têm acelerado a expansão da companhia no país.

Apenas em capital --em manufatura e distribuição-- a companhia investirá neste ano no Brasil entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, de acordo com Fernandez.

A última fábrica aberta no país foi a de Ipojuca (PE), em em 2005, para produzir amaciantes, shampoos e outros itens para cuidados pessoais.

Hospital de SP investe R$ 20 mi em centro de especialidades

O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, localizado em São Paulo, vai investir na ampliação e na modernização de seu centro médico de especialidades.

As obras irão custar cerca de R$ 20 milhões e terão duração aproximada de 24 meses, de acordo com Dario Antonio Ferreira Neto, diretor administrativo da instituição.

"O investimento será feito em um edifício de três andares que foi construído em 1992 e que já recebeu outras três ampliações ao longo dos últimos anos", afirma.

Parte do aporte irá para o setor de quimioterapia do local. Os recursos também serão usados em melhorias gerais do centro médico, com o objetivo de ampliar em 15% a recepção de pacientes.

Na ala de consultórios, cinco novas unidade serão integradas às 44 existentes hoje.

O montante para as obras virá de receita própria da instituição, que registrou superávit no ano passado, de acordo com Ferreira Neto.

Construído em 1949, o complexo hospitalar ocupa um terreno de 25 mil m², perto do parque do Ibirapuera.

Em 2013, a instituição faturou R$ 271 milhões, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. "Do nosso faturamento total, 87% vêm de convênios médicos", afirma.

O restante é referente a serviços particulares e de conveniência, como restaurante.


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