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Frio congela PIB dos EUA no 1º trimestre

Economia avança apenas 0,1% na taxa anualizada, ante expectativa de 1,2%; analistas culpam inverno rigoroso

Fed, no entanto, vê atividade em aceleração e corta mais US$ 10 bi do programa mensal de compra de títulos

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

O fraco desempenho da economia americana no primeiro trimestre deste ano não influenciou a decisão do Fed (banco central dos Estados Unidos) de cortar mais US$ 10 bilhões de seu pacote de estímulos.

Segundo os dados divulgados pelo Departamento de Comércio ontem, o PIB (Produto Interno Bruto) americano cresceu a uma taxa anualizada de 0,1% entre janeiro e março, o ritmo mais fraco desde o quarto trimestre de 2012.

O baixo crescimento seria o resultado de uma queda nas exportações e do impacto do rigoroso inverno deste ano, que atrapalhou o setor de construção, afastou os consumidores das lojas e aumentou os gastos de empresas.

Isso representou uma forte desaceleração ante o ritmo de 2,6% registrado no quarto trimestre de 2013.

A expectativa de economistas era que o país crescesse a uma taxa de 1,2%.

Para o Fed, no entanto, a atividade econômica do país "se acelerou recentemente, depois de uma diminuição drástica durante o inverno, em parte por causa das condições do tempo".

Com o anúncio, feito ao fim de dois dias de encontro do comitê de política monetária do banco (Fomc), a injeção mensal cai de US$ 55 bilhões para US$ 45 bilhões. Entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013 --quando foi anunciada a primeira redução--, o reforço, via compra de títulos, era de US$ 85 bilhões mensais.

Nesse ritmo de cortes --serão mais cinco encontros até o fim do ano--, a expectativa é que o Fed acabe de vez com o programa em dezembro.

O comitê considera que os indicadores do mercado de trabalho seguem mistos e a taxa de desemprego ainda está elevada, mas acredita que a economia tem força para apoiar o avanço contínuo do setor. Os próximos dados do desemprego serão divulgados pelo governo amanhã.

CONSUMO

Segundo o Departamento do Comércio, o consumo das famílias no trimestre avançou 3%, puxado pelo aumento dos gastos com serviços públicos --o maior em 14 anos-- e já com um impacto do Obamacare, programa criado pelo governo que acabou obrigando milhões de americanos a adquirir um plano de saúde nos últimos meses.

Apesar de isso não ter pesado a favor do PIB, o BC americano citou o crescimento no setor como mais um argumento do reforço da economia. "O consumo doméstico parece estar crescendo mais rápido", diz o texto, acrescentando que está monitorando a inflação com cautela.

O Fed decidiu ainda manter a taxa básica de juros entre zero e 0,25% ao ano por um "período considerável". Em março, a presidente do Fed, Janet Yellen, havia sugerido que os juros poderiam subir antes do esperado.

Diante dos anúncios, o índice Dow Jones subiu 0,3% e atingiu o maior patamar da história.


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